quinta-feira, 30 de abril de 2015

Guilherme Carey parte 3




Durante mais de trinta anos Carey foi professor de línguas orientais no colégio de Fort Williams. Fundou também, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país.
Ao chegar à Índia, Carey continuou os estudos que começara quando menino. Não somente fundou a Sociedade de Agricultura e Horticultura, mas criou um dos melhores jardins botânicos, redigiu e publicou o "Hortus Bengalensis". O livro "Flora Índica", outra de suas obras, foi considerada obra-prima por muitos anos.
Não se deve concluir, contudo, que, para Guilherme Carey, a horticultura fosse mais do que um passatempo. Passou, também, muito tempo ensinando nas escolas de crianças pobres. Mas, acima de tudo, sempre lhe ardia no coração o desejo de se esforçar na obra de ganhar almas.
Quando um de seus filhos começou a pregar, Carey escreveu: "Meu filho, Félix, respondeu à chamada para pregar o Evangelho". Anos depois, quando esse filho aceitou o cargo de embaixador da Grã Bretanha no Sião, o pai, desapontado e angustiado, escreveu para um amigo: "Félix encolheu-se até tornar-se um embaixador!"
Durante o período de quarenta e um anos, que passou na Índia, não visitou a Inglaterra. Falava, embora com dificuldade, mais de trinta línguas da Índia, dirigia a tradução das Escrituras em todas elas e foi apontado ao serviço árduo de tradutor oficial do governo. Escreveu várias gramáticas indianas e compilou notáveis dicionários dos idiomas bengali, marati e sânscrito. O dicionário do idioma bengali consta de três volumes e inclui todas as palavras da língua, traçadas até a sua origem e definidas em todos os seus sentidos.
Tudo isto era possível porque sempre economizava o tempo, segundo se deduz do que escreveu seu biógrafo:
"Desempenhava estas tarefas hercúleas sem pôr em risco a sua saúde, aplicando-se metódica e rigorosamente ao seu programa de trabalho, ano após ano. Divertia-se, passando de uma tarefa para outra. Dizia que se perde mais tempo, trabalhando inconstante e indolentemente do que nas interrupções de visitas. Observava, portanto, a norma de entrar, sem vacilar, na obra marcada e de não deixar coisa alguma desviar a sua atenção para qualquer outra coisa durante aquele período."O
seguinte escrito pedindo desculpas a um amigo pela demora em responder-lhe a carta, mostra como muitas das suas obras avançavam juntas:
"Levantei-me hoje às seis, li um capítulo da Bíblia hebraica; passei o resto do tempo, até às sete, em oração. Então assisti ao culto doméstico em bangali, com os criados. Enquanto esperava o chá, li um pouco em persa com um munchi que me esperava; li também, antes de comer, uma porção das Escrituras em industani. Logo depois de comer sentei-me, com um pundite que me esperava, para continuar a tradução do sânscrito para o ramayuma. Trabalhamos até as dez horas, quando então fui ao colégio para ensinar até quase as duas horas. Ao voltar para casa, li as provas da tradução de Jeremias em bengali, só findando em tempo para jantar. Depois do jantar, traduzi, ajudado pelo pundite chefe do colégio, a maior parte do capítulo oito de Mateus em sânscrito. Nisto fiquei ocupado até as seis. Depois das seis assentei-me com um pundite de Telinga, para traduzir do sânscrito para a língua dele. Às sete comecei a meditar sobre a mensagem para um sermão e preguei em inglês, às sete e meia. Cerca de quarenta pessoas assistiram ao culto, entre as quais, um juiz do Sudder Dewany'dawlut. Depois do culto, o juiz contribuiu com 500 rupias para a construção de um novo templo. Todos os que assistiram ao culto tinham saído às nove horas; sentei-me para traduzir o capítulo onze de Ezequiel para o bengali. Findei às onze, e agora estou escrevendo esta carta. Depois, encerrei o dia com oração. Não há dia em que disponha de mais tempo do que isto, mas o programa varia."
Com o avançar da idade, seus amigos insistiam em que diminuísse os seus esforços, mas a sua aversão à inatividade era tal, que continuava trabalhando mesmo quando a força física não dava para a necessária energia mental. Por fim, viu-se obrigado a ficar de cama, onde continuava a corrigir as provas das traduções.
Finalmente, em 9 de junho de 1834, com a idade de 73 anos, Guilherme Carey dormiu em Cristo.
A humildade era uma das características mais destacadas da sua vida. Conta-se que, no zênite da fama, ouviu certo oficial inglês perguntar cinicamente: - "O grande doutor Carey não era sapateiro?" Carey, ao ouvir casualmente a pergunta, respondeu: "- Não, meu amigo, era apenas um remendão."

Quando Guilherme Carey chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe
permissão para desembarcar. Ao morrer, porém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos.
Calcula-se que traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Assim escreveu um de seus sucessores, o missionário Wenger: "Não sei como Carey conseguiu fazer nem a quarta parte das suas traduções. Faz cerca de vinte anos (em 1855), que alguns missionários, ao apresentarem o Evangelho no Afeganistão (país da Ásia central), acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey."

O corpo de Guilherme Carey descansa, mas a sua obra continua a servir de bênção a uma grande parte do mundo.

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Guilherme Carey parte 2




Porém o fogo continuou a arder na alma de Guilherme Carey.
Durante os anos que se seguiram esforçou-se ininterruptamente, orando, escrevendo e falando sobre o assunto de levar Cristo a todas as nações. Em maio de 1792, pregou seu memorável sermão sobre Isaías 54.2,3: "Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas."
Discursou sobre a importância de esperar grandes coisas de Deus e, em seguida, enfatizou a necessidade de tentar grandes coisas para Deus.
O auditório sentiu-se culpado de negar o Evangelho aos países pagãos, a ponto de "levantar as vozes em choro." Foi então organizada a primeira sociedade missionária na história das igrejas de Cristo para a pregação do Evangelho entre os povos nunca evangelizados. Alguns como Brainerd, Eliot e Schwartz já tinham ido pregar em lugares distantes, mas sem que as igrejas se unissem para sustentá-los.
Apesar de a sociedade ser o resultado da persistência e esforços de Carey, ele mesmo não tomou parte na sua formação. O seguinte, porém, foi escrito acerca dele nesse tempo:
"Aí está Carey, de estatura pequena, humilde de espírito, quieto e constante; tem transmitido o espírito missionário aos corações dos irmãos, e agora quer que saibam da sua prontidão em ir onde quer que eles desejem, e está bem contente que formulem todos os planos".
Nem mesmo com esta vitória, foi fácil para Guilherme Carey concretizar o sonho de levar Cristo aos países que jaziam nas trevas. Dedicava o seu espírito indômito a alcançar o alvo que Deus lhe marcara.
A igreja onde pregava não consentia que deixasse o pastorado: somente com a visita dos membros da sociedade a ela é que este problema foi resolvido. No relatório da igreja escreveram: "Apesar de concordar com ele, não achamos bom que nos deixe aquele a quem amamos mais que a nossa própria alma."
Entretanto, o que mais sentiu foi quando a sua esposa recusou terminantemente deixar a Inglaterra com os filhos. Carey estava tão certo de que Deus o chamava para trabalhar na Índia que nem por isso vacilou.
Havia outro problema que parecia insolúvel: Era proibida a
entrada de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar. Nestas condições, conseguiram embarcar sem esse documento. Infelizmente o navio demorou algumas semanas e, pouco antes de partir, os missionários receberam ordem de desembarcar.
A sociedade missionária, apesar de tantos contratempos, continuou a confiar em Deus; conseguiram granjear dinheiro e compraram passagem para a Índia em um navio dinamarquês. Uma vez mais Carey rogou à sua querida esposa que o acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa e nosso herói, ao despedir-se dela, disse: "Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos queridos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."
Porém, antes de o navio partir, um dos missionários foi à casa de Carey. Grande foi a surpresa e o regozijo de todos ao saberem que esse missionário conseguiu induzir a esposa de Carey a acompanhar o seu marido. Deus comoveu o coração do comandante do navio a levá-la em companhia dos filhos, sem pagar passagem.
Certamente a viagem a vela não era tão cômoda como nos vapores modernos. Apesar dos temporais, Carey aproveitou-se do ensejo para estudar o bengali e ajudar um dos missionários na obra de verter o livro de Gênesis para a língua bengaleza.
Guilherme Carey aprendeu suficiente o bengali, durante a viagem, para conversar com o povo. Pouco depois de desembarcar, começou a pregar e os ouvintes vinham para ouvir em número sempre crescente.
Carey percebeu a necessidade imperiosa de o povo possuir a Bíblia na própria língua e, sem demora, entregou-se à tarefa de traduzi-la. A rapidez com que aprendeu as línguas da Índia é uma admiração para os maiores lingüistas.
Ninguém sabe quantas vezes o nosso herói se mostrou desanimadíssimo na Índia. A esposa não tinha interesse nos esforços de seu marido e enlouqueceu. A maior parte dos ingleses com quem Carey teve contato, o tinham como louco; durante quase dois anos nenhuma carta da Inglaterra lhe chegou às mãos. Muitas vezes faltava aos seus di-nheiro e alimento. Para sustentar a família, o missionário tornou-se lavrador da terra e empregou-se em uma fábrica de anil.

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Guilherme Carey Pai das missões modernas (1761-1834)

O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estudo da natureza. Enchia seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo dia, ao tentar alcançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme entrou em casa com o ninho na mão. - "Subiste à árvore novamente?!" -exclamou sua mãe. - "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho, mamãe" - respondeu o menino.
Diz-se que Guilherme Carey, fundador das missões atuais, não era dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, foi essa característica de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto iniciara, que fez o segredo do maravilhoso êxito da sua vida.
Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, permanecia firme, dia após dia, mês após mês e ano após ano,até acabá-la. Deixou o Senhor utilizar-se de sua vida, não somente para evangelizar durante um período de quarenta e um anos no estrangeiro, mas também para executar a façanha por incrível que pareça, de traduzir as Sagradas Escrituras em mais que trinta línguas.
O avô e o pai do pequeno Guilherme eram sucessivamente professor e sacristão (Igreja Anglicana) da Paróquia. Assim o filho aprendeu o pouco que o pai podia ensinar-lhe. Mas não satisfeito com isso, Guilherme continuou seus estudos sem mestre.
Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino, por Dyche,. o qual decorou. Aos quatorze anos iniciou a carreira como aprendiz de sapateiro. Na loja encontrou alguns livros, dos quais se aproveitou para estudar. Assim iniciou o estudo do grego. Foi nesse tempo que chegou a reconhecer que era um pecador perdido, e começou a examinar cuidadosamente as Escrituras.
Não muito depois da sua conversão, com 18 anos de idade, pregou
o seu primeiro sermão. Ao reconhecer que o batismo por imersão é bíblico e apostólico, deixou a denominação a que pertencia. Tomava emprestados livros para estudar e, apesar de viver em pobreza, adquiria alguns livros usados. Um de seus métodos para aumentar o conhecimento de outras línguas, consistia em ler diariamente a Bíblia em latim, em grego e em hebraico.
Com a idade de vinte anos, casou-se. Porém os membros da igreja onde pregava eram pobres e Carey teve de continuar seu ofício de sapateiro para ganhar o pão cotidiano. O fato de o senhor Old, seu patrão, exibir na loja um par de sapatos fabricados por Guilherme, como amostra, era prova da habilidade do rapaz.
Foi durante o tempo que ensinava geografia em Moulton, que Carey leu o livro As Viagens do Capitão Cook e Deus falou à sua alma acerca do estado abjeto dos pagãos sem o Evangelho. Na sua tenda de sapateiro afixou na parede um grande mapa-mundi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente. Incluíra neste mapa todos os dizeres disponíveis: o número exato da população, a flora e a fauna, as características dos indígenas, etc., de todos os países.Enquanto consertava sapatos, levantava os olhos, de vez em quando, para o mapa e meditava sobre as condições dos vários povos e a maneira de os evangelizar. Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus para preparar a Bíblia, para os muitos milhões de indus, na própria língua deles.
A denominação a que Guilherme pertencia, depois de aceitar o batismo por imersão, achava-se em grande decadência espiritual. Isto foi reconhecido por alguns dos ministros, os quais concordaram em passar "uma hora em oração na primeira segunda-feira de todos os meses" pe-dindo de Deus um grande avivamento da denominação. De fato esperavam um despertamento, mas, como acontece muitas vezes, não pensaram na maneira em que Deus lhes responderia.
As igrejas de então não aceitavam a idéia, que consideravam absurda, de levar o Evangelho aos pagãos. Certa vez, numa reunião do ministério, Carey levantou-se e sugeriu que ventilassem este assunto: O dever dos crentes em promulgar o Evangelho às nações pagãs. O venerável pre-sidente da reunião, surpreendido, pôs-se em pé e gritou: "Jovem, sente-se! Quando agradar a Deus converter os pagãos, ele o fará sem o seu auxílio, nem o meu."

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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Davi Brainerd parte 3



É difícil reconhecer a magnitude da obra de Davi Brainerd entre as diversas tribos de índios, nas profundezas das florestas; ele não entendia os seus idiomas. Se lhes transmitia a mensagem de Deus ao coração, deveria achar alguém que pudesse servir como intérprete. Passava dias inteiros simplesmente orando para que viesse sobre ele o poder do Espírito Santo com tanto poder, que esse povo não pudesse resistir à mensagem. Certa vez teve que pregar por meio de um intérprete tão bêbado, que quase não podia ficar em pé, contudo, vintenas de almas foram convertidas por esse sermão.
Ele andava, às vezes, perdido de noite no ermo, apanhando chuva e atravessando montanhas e pântanos. Franzino de corpo, cansava-se nas viagens. Tinha que suportar o calor do verão e o intenso frio do inverno. Dias a fio passava-os com fome. Já começava a sentir a saúde abalada e estava a ponto de casar-se (sua noiva era Jerusa Edwards, filha de Jônatas Edwards) e estabelecer um lar entre os índios convertidos ou voltar e aceitar o pastorado de uma igreja que o convidava. Contudo, reconhecia que não podia viver, por causa da sua doença, mais que um ou dois anos e resolveu então ''arder até o fim".
Assim, depois de ganhar a vitória em oração, clamou: "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim até os confins da terra; envia-me aos selvagens do ermo; envia-me para longe de tudo que se chama conforto da terra; envia-me mesmo para a morte, se for no teu serviço e para promover o teu reino..."
Então acrescentou: "Adeus amigos e confortos terrestres, mesmo os mais anelados de todos. Se o Senhor quiser, gastarei a minha vida, até os últimos momentos, em cavernas e covas da terra, se isso servir para o progresso do Reino de Cristo."
Foi nessa ocasião que escreveu: "Continuei lutando com Deus em oração pelo rebanho aqui e, especialmente, pelos índios em outros lugares, até a hora de deitar-me. Oh! como senti ser obrigado a gastar o tempo dormindo! Anelava ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino e edificando o reino de Deus, até o último momento, o momento de morrer."
Por fim, depois de cinco anos de viagens árduas no ermo, de aflições inumeráveis e de sofrer dores incessantes no corpo, Davi Brainerd, tuberculoso e com as forças físicas quase inteiramente esgotadas, conseguiu chegar à casa de Jônatas Edwards.
O peregrino já completara a sua carreira terrestre e esperava o carro de Deus para levá-lo à Glória. Quando, no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a Bíblia, exclamou: "Oh! o querido Livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me serão então desvendados!"
Minguando sua força física e aumentando sua percepção espiritual, falava com mais e mais dificuldade: "Fui feito para a eternidade. Como anelo estar com Deus e prostrar-me perante Ele! Oh! que o Redentor pudesse ver o fruto do trabalho da sua alma e ficar satisfeito! Oh! vem,Senhor Jesus! Vem depressa! Amém!" - e dormiu no Senhor.
Depois desse acontecimento, a noiva de Brainerd, Jerusa Edwards, começou a murchar como uma flor e, quatro meses depois também foi morar na cidade celeste. Dum lado do seu túmulo, está o de Davi Brainerd e do outro lado está o túmulo de seu pai, Jônatas Edwards.
O desejo veemente da vida de Davi Brainerd era o de arder como uma chama, por Deus, até o último momento, como ele mesmo dizia: "Anelo ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de falecer."
Brainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos.
Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia. Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.
O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo."

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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Davi Brainerd parte 2



         No início da história da vida de Brainerd, já relatamos como Deus lhe concedeu entrada entre os silvícolas violentos, em resposta a uma noite de oração, prostrado em terra, nas profundezas da floresta. Mas, apesar de os índios lhe darem a toda hospitalidade, concedendo-lhe um lugar para dormir sobre um pouco de palha e, ouvirem o sermão, comovidos, Brainerd não estava satisfeito e continuava a lutar em oração, como revela seu diário:
"Continuo a sentir-me angustiado. À tarde preguei ao povo, mas fiquei mais desanimado acerca do trabalho do que antes; receio que seja impossível alcançar as almas. Retirei-me e derramei a minha alma pedindo misericórdia, mas sem sentir alívio.
"Completo vinte e cinco anos de idade hoje. Dói-me a alma ao pensar que vivi tão pouco para a glória de Deus. Passei o dia na floresta sozinho, derramando a minha queixa perante o Senhor.
"Cerca das nove horas, saí para orar na mata. Depois do meio-dia, percebi que os índios estavam se preparando para uma festa e uma dança... Em oração, senti o poder de Deus e a minha alma extenuada como nunca antes na minha vida. Senti tanta agonia e insisti com tanta veemência que, ao levantar-me, só consegui andar com dificuldade. O
suor corria-me pelo rosto e pelo corpo. Reconheci que os pobres índios se reuniam para adorar demônios e não a Deus; esse foi o motivo de eu clamar a Deus, que se apressasse em frustrar a reunião idólatra. Assim, passei a tarde orando incessantemente, pedindo o auxílio divino para que eu não confiasse em mim mesmo. O que experimentei, enquanto orava, foi maravilhoso. Parecia-me que não havia nada de importância em mim, a não ser santidade de coração e vida, e o anelo pela conversão dos pagãos a Deus. Desapareceram todos os cuidados, receios e anelos; todos juntos pareciam-me de menor importância que o sopro do vento. Anelava que Deus adquirisse para si um nome entre os pagãos e lhe fiz o meu apelo com a maior ousadia, insistindo em que ele reconhecesse que eu 'o preferia à minha maior alegria.' De fato, não me importava onde ou como morava, nem da fadiga que tinha de suportar, se pudesse ganhar almas para Cristo. Continuei assim toda a tarde e toda a noite."
Assim revestido, Brainerd, pela manhã, voltou da mata para enfrentar os índios, certo de que Deus estava com ele, como estivera com Elias no monte Carmelo. Ao insistir com os índios para que abandonassem a dança, eles, em vez de matá-lo, desistiram da orgia e ouviram a sua pregação, de manhã e à tarde.
Depois de sofrer como poucos sofrem, depois de se esforçar de noite e de dia, depois de passar horas inumeráveis em jejum e oração, depois de pregar a Palavra "a tempo e fora de tempo", por fim, abriram-se os céus e caiu o fogo. Os seguintes excertos do seu diário descrevem algumas dessas experiências gloriosas:
"Passei a maior parte do dia em oração, pedindo que o Espírito fosse derramado sobre o meu povo... Orei e louvei com grande ousadia, sentindo grande peso pela salvação das preciosas almas.
"Discursei à multidão extemporaneamente sobre Isaías 53.10: Todavia, o Senhor agradou moê-lo'. Muitos dos ouvintes entre a multidão de três a quatro mil, ficaram comovidos a ponto de haver um 'grande pranto, como o pranto de Hadadrimom'. [Ver Zacarias 12.11)
"Enquanto eu andava a cavalo, antes de chegar ao lugar para pregar, senti o meu espírito restaurado e a minha alma revestida com o poder para clamar a Deus, quase sem cessar, por muitos quilômetros a fio.
"De manhã, discursei aos índios onde nos hospedamos. Muitos ficaram comovidos e, ao falar-lhes acerca da salvação da sua alma, as
lágrimas correram abundantemente e eles começaram a soluçar e a gemer. À tarde, voltei ao lugar onde lhes costumava pregar; eles ouviram com a maior atenção quase até o fim. Nem a décima parte dos ouvintes pôde conter-se de derramar lágrimas e clamar amargamente. Quanto mais eu falava do amor e compaixão de Deus, ao enviar seu Filho para sofrer pelos pecados dos homens, tanto mais aumentava a angústia dos ouvintes. Foi para mim uma surpresa notar como seus corações pareciam traspassados pelo terno e comovente convite do Evangelho, antes de eu proferir uma única palavra de terror.
"Preguei aos índios sobre Isaías 53.3-10. Muito poder acompanhava a Palavra e houve grande convicção entre os ouvintes; contudo, não tão geral como no dia anterior. Mas a maioria ficou comovida e em grande angústia de alma; alguns não podiam caminhar, nem ficar em pé: caíam no chão como se tivessem o coração traspassado e clamavam sem cessar, pedindo, misericórdia... Os que vieram de lugares distantes foram levados logo à convicção, pelo Espírito de Deus.
"À tarde, preguei sobre Lucas 15.16-23. Havia muita convicção visível entre os ouvintes, enquanto eu discursava; mas, ao falar particularmente, depois, a alguns que se mostravam comovidos, o poder de Deus desceu sobre o auditório 'como um vento veemente e impetuoso e varreu tudo de uma maneira espetacular.
"Fiquei em pé, admirado da influência que se apoderou do auditório quase totalmente. Parecia, mais que qualquer outra coisa, a força irresistível de uma grande correnteza, ou dilúvio crescente, que derrubava e varria tudo que encontrava na sua frente.
"Quase todos oravam e clamavam, pedindo misericórdia, e muitos não podiam ficar em pé. A convicção que cada um sentiu foi tão grande, que pareciam ignorar por completo os outros em redor, mas cada um continuava a orar por si mesmo.
"Lembrei-me de Zacarias 12.10-12, porque havia grande pranto como o pranto de 'Hadadrimom', parecendo que cada um pranteava à parte.
"Parecia-me um dia muito semelhante ao dia em que Deus mostrou seu poder a Josué (Josué 10.14), porque era um dia diferente de qualquer dia que tinha presenciado antes, um dia em que Deus fez muito para destruir o reino das trevas entre esse povo".

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terça-feira, 7 de abril de 2015

Davi Brainerd Um arauto aos peles-vermelhas (1718-1747)

Certo jovem, franzino de corpo, mas tendo na alma o fogo do amor aceso por Deus, encontrou-se na floresta, para ele desconhecida. Era tarde e o sol já declinava até quase desaparecer no horizonte, quando o viajante, enfadado da longa viagem, avistou a fumaça das fogueiras dos índios "peles-vermelhas". Depois de apear e amarrar seu cavalo, deitou-se no chão para passar a noite, agonizando em oração.
Sem ele o saber, alguns dos silvícolas o haviam seguido silenciosamente, como serpentes, durante a tarde. Agora estacionavam atrás dos troncos das árvores para contemplar a cena misteriosa de um vulto de cara pálida, sozinho, prostrado no chão, clamando a Deus.
Os guerreiros da vila resolveram matá-lo, sem demora, pois, diziam, os brancos davam uma aguardente aos peles-vermelhas, para, enquanto bêbados, levar-lhes as cestas e as peles de animais, e roubar-lhes
as terras. Mas depois de cercarem furtivamente o missionário, que orava,prostrado, e ouvirem como clamava ao "Grande Espírito", insistindo que lhes salvasse a alma, eles partiram tão secretamente como chegaram.
No dia seguinte, o moço, não sabendo o que acontecera em redor, enquanto orava no ermo, foi recebido na vila de uma maneira não esperada. No espaço aberto entre as "wigwams" (barracas de peles) os índios o cercaram e o moço, com o amor de Deus ardendo na alma, leu o capítulo 53 de Isaías. Enquanto pregava, Deus respondeu a sua oração da noite anterior e os silvícolas ouviram o sermão, com lágrimas nos olhos.
Esse cara-pálida chamava-se Davi Brainerd. Nasceu em 20 de abril de 1718. Seu pai faleceu quando Davi tinha 9 anos de idade, e sua mãe, filha dum pregador, faleceu quando ele tinha 14 anos.
Acerca de sua luta com Deus, no tempo da sua conversão, na idade de vinte anos, ele escreveu.
"Designei um dia para jejuar e orar, e passei esse dia clamando quase incessantemente a Deus, pedindo misericórdia e que ele abrisse meus olhos para a enormidade do pecado e o caminho para a vida em Jesus Cristo... Contudo, continuei a confiar nas boas obras... Então, uma noite andando na roça, foi me dada uma visão da grandeza do meu pecado, parecendo-me que a terra se abrira por baixo dos meus pès para me sepultar e que a minha alma iria ao Inferno antes de eu chegar em casa... Certo dia, estando longe do colégio, no campo, sozinho em oração, senti tanto gozo e doçura em Deus, que, se eu devesse ficar neste mundo vil, queria permanecer contemplando a glória de Deus. Senti na alma um profundo amor ardente para com todos os homens e anelava que eles desfrutassem desse mesmo amor de Deus.
"No mês de agosto, depois, senti-me tão fraco e doente, como resultado de aplicar-me demais aos estudos, que o diretor do colégio me aconselhou a voltar para casa. Estava tão fraco que tive algumas hemorragias. Senti-me perto da morte, mas Deus renovou em mim o conhecimento e o gosto das coisas divinas. Anelava tanto a presença de Deus e ficar livre do pecado, que, ao melhorar, preferia morrer a voltar ao colégio, e me afastar de Deus...Oh! uma hora com Deus excede infinitamente todos os prazeres do mundo."
De fato, depois de voltar ao colégio, Brainerd esfriou em espírito, mas o Grande Avivamento, dessa época, alcançou a cidade de New Haven,
o colégio de Yale e o coração de Davi Brainerd. Ele tinha o costume de escrever diariamente uma relação dos acontecimentos mais importantes da sua vida, passados durante o dia. É por esses diários escritos para si próprio e não para o mundo ler, que sabemos da sua vida íntima de profunda comunhão com Deus. Os seguintes poucos trechos servem como amostras do que ele escreveu em muitas páginas de seu diário e descobrem algo de sua luta com Deus, enquanto estudava para o ministério:
"Fui tomado repentinamente pelo horror da minha miséria. Então clamei a Deus, pedindo que me purificasse da minha extrema imundícia. Depois a oração se tornou mui preciosa para mim. Ofereci-me alegremente para passar os maiores sofrimentos pela causa de Cristo, mesmo que fosse para ser desterrado entre os pagãos, desde que pudesse ganhar suas almas. Então Deus me deu o espírito de lutar em oração pelo reino de Cristo no mundo.
"Retirei-me cedo, de manhã, para a floresta, e foi-me concedido fervor em rogar pelo avanço do reino de Cristo no mundo. Ao meio-dia, ainda combatia em oração a Deus, e sentia o poder do divino amor na intercessão.
"Passei o dia em jejum e oração, implorando que Deus me preparasse para o ministério, e me concedesse auxílio divino e direção, e que ele me enviasse para a seara no dia que ele designasse. Pela manhã, senti poder na intercessão pelas almas imortais e pelo progresso do reino do querido Senhor e Salvador no mundo... À tarde, Deus estava comigo de verdade. Quão bendita a sua companhia! Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra, e de soprar um vento fresco. Sentia a minha alma grandemente extenuada pela condição do mundo: esforçava-me para arrebatar multidões de almas. Sentia-me mais dilatado pelos pecadores do que pelos filhos de Deus, contudo anelava gastar a minha vida clamando por ambos."Passei duas horas agonizando pelas almas imortais. Apesar de ser ainda muito cedo, meu corpo estava molhado de suor... Se eu tivesse mil vidas, a minha alma as teria dado pelo gozo de estar com Cristo...
"Dediquei o dia para jejuar e orar, implorando a Deus que me dirigisse e me abençoasse na grande obra que tenho perante mim, a de pregar o Evangelho. Ao anoitecer, o Senhor me visitou maravilhosamente na oração; senti a minha alma angustiada como nunca... Senti tanta agonia
que me achava ensopado de suor. Oh! e Jesus suou sangue pelas pobres almas! Eu anelava mostrar mais e mais compaixão para com elas.
"Cheguei a saber que as autoridades esperam a oportunidade de me prender e encarcerar por ter pregado em New Haven. Fiquei mais sóbrio e abandonei toda a esperança de travar amizade com o mundo. Retirei-me para um lugar oculto na floresta e coloquei o caso perante Deus."
Completados os seus estudos para o ministério, ele escreveu:
"Preguei o sermão de despedida ontem, à noite. Hoje, pela manhã orei em quase todos os lugares por onde andei, e, depois de me despedir dos amigos, iniciei a viagem para o habitat dos índios."
Essas notas do diário revelam, em parte, a sua luta com Deus enquanto estudava para o ministério. Um dos maiores pregadores atuais, referindo-se a esse diário, declarou: "Foi Brainerd quem me ensinou a jejuar e orar. Cheguei a saber que se fazem maiores coisas por meio de contato cotidiano com Deus do que por pregações."

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe

domingo, 5 de abril de 2015

Jorge Whitefield parte 3



- Como se pode esperar outra coisa a não ser que as multidões, a quem Whitefield pregava, fossem levadas a buscar a mesma Presença? Na sua biografia há um grande número de exemplos como os seguintes: "Oh! quantas lágrimas foram derramadas, com forte clamor, pelo amor do querido Senhor Jesus! Alguns desmaiavam e quando recobravam as forças, ouviam e desmaiavam de novo. Outros gritavam como quem sente a ânsia da morte. E depois de eu findar o último discurso, eu mesmo senti-me tão vencido pelo amor de Deus que quase fiquei sem vida. Contudo, por fim, revivi e, depois de me alimentar um pouco, estava fortalecido bastante para viajar cerca de trinta quilômetros, até Nottingham. No caminho, a alma alegrou-se cantando hinos. Chegamos quase à meia-noite; depois de nos entregarmos a Deus em oração, deitamo-nos e descansamos na proteção do querido Senhor Jesus. Oh! Senhor, jamais existiu amor como o teu!"
Então Whitefield continuou, sem cansar: "No dia seguinte em Fog's Manor, a concorrência aos cultos foi tão grande como em Nottingham. O povo ficou tão quebrantado que, por todos os lados, vi pessoas banhadas em lágrimas. A palavra era mais cortante que espada de dois gumes e os gritos e gemidos alcançavam o coração mais endurecido. Alguns tinham semblantes pálidos como a palidez de morte; outros torciam as mãos, cheios de angústia; ainda outros foram prostrados ao chão, ao passo que outros caíam e eram aparados nos braços de amigos. A maior parte do povo levantava os olhos para os céus, clamando e pedindo a misericórdia de Deus. Eu, enquanto os contemplava, só podia pensar em uma coisa: o grande dia. Pareciam pessoas acordadas pela última trombeta, saindo dos seus túmulos para o juízo."
"O poder da presença divina nos acompanhou até Baskinridge, onde os arrependidos choravam e os salvos oravam, lado a lado. O indiferentismo de muitos transformou-se em assombro, e o assombro, depois, em grande alegria. Alcançou todas as classes, idades e caracteres. A embriaguez foi abandonada por aqueles que eram dominados por esse vício. Os que haviam praticado qualquer ato de injustiça foram tomados de remorso. Os que tinham furtado foram constrangidos a fazer
restituição. Os vingativos pediram perdão. Os pastores ficaram ligados ao seu povo por um vínculo mais forte de compaixão. O culto doméstico foi iniciado nos lares. Os homens foram levados a estudar a Palavra de Deus e a terem comunhão com o seu Pai, nos céus".
Mas não foi somente os países populosos que o povo afluiu para o ouvir. Nos estados Unidos, quando eram ainda um país novo, ajuntaram-se grandes multidões dos que moravam longe um do outro, nas florestas. O famoso Benjamim Franklin, no seu jornal, assim noticiou essas reuniões: "Quinta-feira o reverendo Whitefield partiu de nossa cidade, acompanhado de cento e cinqüenta pessoas a cavalo, com destino a Chester, onde pregou a sete mil ouvintes, mais ou menos. Sexta-feira pregou duas vezes em Willings Town a quase cinco mil; no sábado, em Newcastle, pregou a cerca de duas mil e quinhentas, e na tarde do mesmo dia, em Cristiana Bridge, pregou a quase três mil; no domingo, em White Clay Creek, pregou duas vezes (descansando uma meia hora entre os sermões a oito mil pessoas, das quais, cerca de três mil, tinha vindo a cavalo. Choveu a maior parte do tempo, porém, todos se conservaram em pé, ao ar livre".
Como Deus estendeu a sua mão para operar prodígios por meio de seu servo, vê-se no seguinte: Num estrado perante a multidão, depois de alguns momentos de oração em silêncio, Whitefield anunciou de maneira solene o texto: "É ordenado aos homens que morram uma só vez, e depois disto vem o juízo". Depois de curto silêncio, ouviu-se um grito de horror, vindo dum lugar entre a multidão. Um pregador presente foi até o local da ocorrência, para saber o que tinha acontecido. Logo voltou e disse: - "Irmão Whitefield, estamos entre os mortos e os que estão morrendo. Uma alma imortal foi chamada à eternidade. O anjo da destruição está passando sobre o auditório. Clame em alta voz e.não cesse". Então foi anunciado ao povo que um dentre a multidão havia morrido. Então Whitefield leu a segunda vez o mesmo texto: "É ordenado aos homens que morram uma só vez". Do local onde a Senhora Huntington estava em pé, veio outro grito agudo. De novo, um tremor de horror passou por toda a multidão quando anunciaram que outra pessoa havia morrido. Whitefield, porém, em vez de ficar tomado de pânico, como os demais, suplicou graça ao Ajudador invisível e começou, com eloqüência tremenda, a prevenir os impenitentes do perigo. Não devemos concluir, contudo, que ele era ou sempre solene ou sempre veemente. Nunca houve quem experimentasse mais formas de pregar do que ele.
Apesar da sua grande obra, não se pode acusar Whitefield de procurar fama ou riquezas terrestres. Sentia fome e sede da simplicidade e sinceridade divina. Dominava todos os seus interesses e os transformava para glória do reino do seu Senhor. Não ajuntou ao redor de si os seus convertidos para formar outra denominação, como alguns esperavam. Não, apenas dava todo o seu ser, mas queria "mais línguas, mais corpos, mais almas a usar para o Senhor Jesus".
A maior parte de suas viagens à América do Norte foram feitas a favor do orfanato que fundara na colônia da Geórgia. Vivia na pobreza e esforçava-se para granjear o necessário para o orfanato. Amava os órfãos ternamente, escrevendo-lhes cartas e dirigindo-se a cada um pelo nome. Para muitas dessas crianças, ele era o único pai, o único meio de elas terem o sustento. Fez uma grande parte da sua obra evangelística entre os órfãos e quase todos permaneceram crentes fiéis, sendo que um bom número deles se tornaram ministros do Evangelho.
Whitefield não era de físico robusto: desde a mocidade sofria quase constantemente, anelando, muitas vezes, partir e estar com Cristo. A maior parte dos pregadores acham impossível pregar quando estão enfermos como ele.
Assim foi que, aos 65 anos de idade, durante sua sétima viagem à América do Norte, findou a sua carreira na Terra, uma vida escondida com Cristo em Deus e derramada num sacrifício de amor pelos homens. No dia antes de falecer, teve de esforçar-se para ficar em pé. Porém, ao levantar-se, em Exeter, perante um auditório demasiado grande para caber em qualquer prédio, o poder de Deus veio sobre ele e pregou, como de costume, durante duas horas. Um dos que assistiram disse que "seu rosto brilhava como o sol". O fogo aceso no seu coração no dia de oração e jejum, quando da sua separação para o ministério, ardeu até dentro dos seus ossos e nunca se apagou (Jeremias 20.9).Certo homem eminente dissera a Whitefield: "Não espero que Deus chame o irmão, breve, para o lar eterno, mas quando isso acontecer, regozijar-me-ei ao ouvir o seu testemunho". O pregador respondeu: "Então ficará desapontado; morrerei calado. A vontade de Deus é dar-me tantos ensejos para testificar dele durante minha vida, que não me serão dados outros na hora da morte".
E sua morte ocorreu como predissera.
Depois do sermão, em Exeter, foi a Newburyport para passar a noite na casa do pastor. Ao subir para o quarto de dormir, virou-se na
escada e, com a vela na mão, proferiu uma curta mensagem aos amigos que ali estavam e insistiam em que pregasse.
Às duas horas da madrugada acordou. Faltava-lhe o fôlego e pronunciou para o seu companheiro as suas últimas palavras na Terra: "Estou morrendo".
No seu enterro, os sinos das igrejas de Newburyport dobraram e as bandeiras ficaram a meia-haste. Ministros de toda a parte vieram assistir aos funerais; milhares de pessoas não conseguiram chegar perto da porta da igreja, por causa da imensa multidão. Conforme seu pedido, foi enterrado sob o púlpito da igreja.
Se quisermos os mesmos frutos de ver milhares salvos, como Jorge Whitefield os teve, temos de seguir o seu exemplo de oração e dedicação.
- Alguém pensa que é tarefa demais? Que diria Jorge Whitefield, junto, agora, com os que levou a Cristo, se lhe fizéssemos essa pergunta?

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Novela Os Dez Mandamentos

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Efésios 6:11
 
Como sempre digo Nó + vela = (lembra macumba) amarração, ou uma simples analogia da palavra amarrando a luz.

Veja bem não queria fazer esse pequeno aviso, o Espirito Santo me tocou fortemente para que o fizesse e aqui estou eu.

Afirmo a todos os crentes deliberadamente essa novela não passa de mais uma das astutas ciladas do diabo para prender os cristãos, quando ouvimos dizer a Globo vai lançar a novela BABILONIA, todos estremecemos e dissemos não vou assistir isso. Porém de uma maneira sutil e mascarada satanás continua entrando no lar dos cristãos, seu objetivo maior, distração e distorção da Palavra de Deus. Tenho alguns argumentos para provar a você que essa novela é só mais uma astucia de satanas para enganar os crentes

Distorção total da Palavra de Deus. Sempre digo brinque com tudo o que quiser menos com DEUS e sua Palavra. Alguma coisa vi sim dessa novela pois minha mãe a assisti e como ela tem uma dor terrível nos pés e precisa enfaixa-lo sou eu quem faço tal serviço então consequentemente alguma coisa vejo, jamais poderia criticar algo que não conhecesse.

               Existem personagens que não tem na Biblia, histórias e fatos que a mesma não narra. E que uma pessoas que não lê a Biblia associará tudo a mesma.
Essa novela não é diferente das outras exibe o mal caratismo e a distorção da moralidade. Certa feita vi uma cena onde de traição. Ou seja, o nível baixo e vil que todas as novelas apresentam o que  muda? Somente o Título que seria para dizer que é algo da Biblia para cativar os cristãos, o que o diabo precisa é de uma Igreja distraída, presa e adormecida.

               Outro detalhe importante, nós sabemos que o Egito é uma terra de inúmeras maldições, então para ficar um trabalho de "primeira" é necessário produzir um cenário a carater da época. Onde deuses (demonios) do Egito estão sendo exibidos, e você telespectador aderindo mais e mais demonios e maldições conforme as cenas desses demonios são exibidas, para a sua casa do que uma novela comum.

                 Segundo detalhe importante sabemos que na época era normal um homem usar maquiagem, mais de uma maneira sutil e diabólica olha o diabo introduzindo na mente de seus filhos, que estão na sala com você assistindo, ou não importa como terão contato com essa novela; que é normal um homem maquiar-se como uma mulher, inclinando os assim ao efeminismo um caminho não muito distante do homosexualismo e uma menina com maquiagens tão fortes e pesadas quanto de uma mulher.

E algumas pessoas ainda dizem "assista essa novela você vai aprender mais coisas". Isso é MENTIRA DO DIABO.

Um conselho quer aprender? LEIA A BIBLIA e peça ao Espiríto Santo para abrir o seu entendimento. Tenho certeza que Ele o fará. Não se deixe seduzir pelo diabo, não se renda as astutas ciladas dele. Isso é só mais uma forma de distração para te afastar de DEUS e você não ler a Biblia.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Apocalipse 3:6


Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Efésios 6:11


Jorge Whitefield parte 2

             
                    Alguém escreveu sobre ele: "Seu coração encheu-se tanto dos céus que anelava por um lugar onde pudesse agradecer a Deus; e sozinho, durante horas, chorava comovido pelo amor consumidor do seu Senhor". Suas experiências no ministério confirmavam a sua fé na doutrina do Espírito Santo, como o Consolador ainda vivo, o poder de Deus operando atualmente entre nós.
A pregação de Jorge Whitefield era feita de forma tão vivida que parecia quase sobrenatural. Conta-se que, certa vez pregando a alguns marinheiros, descreveu um navio perdido num furacão. Tudo foi apresentado em manifestações tão reais que, quando chegou ao ponto de descrever o barco afundando, alguns marinheiros pularam dos assentos, gritando: "Às baleeiras! Às baleeiras!". Em outro sermão falou acerca dum cego andando na direção dum precipício desconhecido. A cena foi tão real que, quando o pregador chegou ao ponto de descrever a chegada do cego à beira do profundo abismo, o camareiro-mor, Chesterfield, que assistia, deu um pulo gritando: "Meu Deus! ele desapareceu!"
O segredo, porém, da grande colheita de almas salvas não era a sua maravilhosa voz nem a sua grande eloqüência. Não era também porque o povo tivesse o coração aberto para receber o Evangelho, porque era tempo de grande decadência espiritual entre os crentes.
Também não foi porque lhe faltasse oposição. Repetidas vezes Whitefield pregou nos campos, porque as igrejas fecharam-lhe as portas. Às vezes nem os hotéis queriam aceitá-lo como hóspede. Em Basingstoke foi agredido a pauladas. Em Staffordshire atiraram-lhe torrões de terra. Em Moorfield destruíram a mesa que lhe servia de púlpito e arremessaram contra ele o lixo da feira. Em Evesham, as autoridades, antes de seu sermão, ameaçaram prendê-lo, se pregasse. Em Exeter, enquanto pregava a dez mil pessoas, foi apedrejado de tal forma que pensou haver chegado para ele a hora, como o ensangüentado Estevão, de ser imediatamente chamado à presença do Mestre. Em outro lugar, apedrejaram-no novamente, até ficar coberto de sangue. Verdadeiramente levava no corpo, até a morte, as marcas de Jesus.
O segredo de tais frutos na sua pregação era o seu amor para com Deus. Quando ainda muito novo, passava noites inteiras lendo a Bíblia, que muito amava. Depois de se converter, teve a primeira daquelas experiências de sentir-se arrebatado, ficando a sua alma inteiramente aberta, cheia, purificada, iluminada da glória e levada a sacrificar-se,
inteiramente, ao seu Salvador. Desde então nunca mais foi indiferente em servir a Deus, mas regozijava-se no alvo de trabalhar de toda a sua alma, e de todas as suas forças, e de todo seu entendimento. Só achava interesse nos cultos e escreveu para sua mãe que nunca mais voltaria ao seu emprego. Consagrou a vida completamente a Cristo. E a manifestação exterior daquela vida nunca excedia a sua realidade interior, portanto, nunca mostrou cansaço nem diminuiu a marcha durante o resto de sua vida.
Apesar de tudo, ele escreveu: "A minha alma era seca como o deserto. Sentia-me como encerrado dentro duma armadura de ferro. Não podia ajoelhar-me sem estar tomado de grandes soluços e orava até ficar molhado de suor... Só Deus sabe quantas noites fiquei prostrado, de cama, gemendo, por causa do que sentia, e ordenando, em nome de Jesus, que Satanás se apartasse de mim. Outras vezes passei dias e semanas inteiros prostrado em terra, suplicando para ser liberto dos pensamentos diabólicos que me distraíam. Interesse próprio, rebelião, orgulho e inveja me atormentavam, um após outro, até que resolvi vencê-los ou morrer. Lutei até Deus me conceder vitória sobre eles".
Jorge Whitefield considerava-se um peregrino errante no mundo, procurando almas. Nasceu, criou-se e diplomou-se na Inglaterra. Atravessou o Atlântico treze vezes. Visitou a Escócia quatorze vezes. Foi ao País de Gales várias vezes. Visitou uma vez a Holanda. Passou quatro meses em Portugal. Nas Bermudas, ganhou muitas almas para Cristo, como nos demais lugares onde trabalhou.
Acerca do que sentiu em uma das viagens à colônia da Geórgia, Whitefield escreveu: 'Foram-me concedidas manifestações extraordinárias do alto. Cedo de manhã, ao meio-dia, ao anoitecer e à meia-noite, de fato durante o dia inteiro, o amado Jesus me visitava para renovar-me o cora-ção. Se certas árvores perto de Stonehourse pudessem falar, contariam acerca da doce comunhão, que eu e algumas almas amadas desfrutamos ali com Deus, sempre bendito. Às vezes, quando de passeio, a minha alma fazia tais incursões pelas regiões celestes, que parecia pronta a abandonar o corpo. Outras vezes sentia-me tão vencido pela grandeza da majestade infinita de Deus, que me prostrava em terra e entregava-lhe a alma, como um papel em branco, para Ele escrever nela o que desejasse. De uma noite nunca me esquecerei. Relampejava excessivamente. Eu pregara a muitas pessoas e algumas ficaram receosas de voltar a casa. Senti-me dirigido a acompanhá-las e aproveitar o ensejo para as animar a se prepararem para a vinda do Filho do homem. Oh! que gozo senti na minha alma! Depois de
voltar, enquanto alguns se levantavam das suas camas, assombrados pelos relâmpagos que andavam pelo chão e brilhavam duma parte do céu até outra, eu com mais um irmão ficamos no campo adorando, orando, exul-tando ao nosso Deus e desejando a revelação de Jesus dos céus, uma chama de fogo!"

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Jorge Whitefield Pregador ao ar livre (1714-1770)




 Mais de 100 mil homens e mulheres rodeavam o pregador, há mais de duzentos anos, em Cambuslang, Escócia. As palavras do sermão, vivificadas pelo Espírito Santo, ouviam-se distintamente em todas as partes que formavam esse mar humano. É-nos difícil fazer uma idéia do vulto da multidão de 10 mil penitentes que responderam ao apelo para se entregarem ao Salvador. Estes acontecimentos servem-nos como um dos poucos exemplos do cumprimento das palavras de Jesus: "Na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque vou para meu Pai" (João 14.12).
Havia "como um fogo ardente encerrado nos ossos" deste pregador, que era Jorge Whitefield. Ardia nele um zelo santo de ver todas as pessoas libertas da escravidão do pecado. Durante um período de vinte e oito dias fez a incrível façanha de pregar a 10 mil pessoas diariamente. Sua voz se ouvia perfeitamente a mais de um quilômetro de distância, apesar de fraco de físico e de sofrer dos pulmões.Não havia prédio no qual coubessem os auditórios e, nos países onde pregou, armava seu púlpito nos campos, fora das cidades. Whitefield merece o título de príncipe dos
pregadores ao ar livre, porque pregava em média dez vezes por semana, e isso fez durante um período de trinta e quatro anos, em grande parte sob o teto construído por Deus -os céus.
A vida de Jorge Whitefield era um milagre. Nasceu em uma taberna de bebidas alcoólicas. Antes de completar três anos, seu pai faleceu. Sua mãe casou-se novamente, mas a Jorge foi permitido continuar os estudos na escola. Na pensão de sua mãe, fazia a limpeza dos quartos, lavava roupa e vendia bebidas no bar. Estranho que pareça e apesar de não ser salvo, interessava-se grandemente pela leitura das Escrituras, lendo a Bíblia até alta noite preparando sermões. Na escola era conhecido como orador: Sua eloqüência era natural e espontânea, um dom extraordinário de Deus, dom que possuía sem ele mesmo saber.
Custeou os próprios estudos em Pembroke College, Oxford, servindo como garçom em um hotel. Depois de estar algum tempo em Oxford, ajuntou-se ao grupo de estudantes a que pertenciam João e Carlos Wesley. Passou muito tempo, como os demais do grupo, jejuando e esforçando-se para mortificar a carne, a fim de alcançar a salvação, sem compreender que "a verdadeira religião é a união da alma com Deus e a formação de Cristo em nós."
Acerca da sua salvação, escreveu algum tempo antes de morrer: "Sei o lugar onde... Todas as vezes que vou a Oxford, sinto-me impelido a ir primeiro a este lugar onde Jesus se revelou a mim, pela primeira vez, e me deu o novo nascimento".
Com a saúde abalada, talvez pelo excesso de estudo, Jorge voltou a casa para recuperá-la. Resolvido a não cair no indiferentismo, inaugurou uma classe bíblica para jovens que, como ele, desejavam orar e crescer na graça de Deus. Visitavam diariamente os doentes e os pobres e, fre-qüentemente, os prisioneiros nas cadeias, para orarem com eles e prestarem-lhes qualquer serviço manual que pudessem. Jorge tinha no coração um plano que consistia em preparar cem sermões e apresentar-se para ser separado para o ministério. Porém quando havia preparado apenas um sermão, seu zelo era tanto, que a igreja insistia em ordená-lo, tendo penas vinte e um anos apesar de ser regra não aceitar ninguém para tal cargo, com menos de 23 anos.
O dia antes da sua separação para o ministério, passou-o em jejum e oração. Acerca desse fato, ele escreveu: "À tarde, retirei-me para um alto, perto da cidade, onde orei com instância durante duas horas, pedindo a
meu favor e também por aqueles que estavam para ser separados comigo. No domingo, levantei-me de madrugada e orei sobre o assunto da epístola de Paulo a Timóteo, especialmente sobre o preceito: 'Ninguém despreze a tua mocidade'. Quando o ancião me impôs as suas mãos, se meu vil coração não me engana, ofereci todo o meu espírito, alma e corpo para o serviço no santuário de Deus... Posso testificar; perante os céus e a terra, que dei-me a mim mesmo, quando o ancião me impôs as mãos, para ser um mártir por aquele que foi pregado na cruz em meu lugar".
Os lábios de Whitefield foram tocados pelo fogo divino do Espírito Santo na ocasião da sua separação para o ministério. No domingo seguinte, naquela época de gelo espiritual, pregou pela primeira vez. Alguns se queixaram de que quinze dos ouvintes enlouqueceram ao ouvirem o sermão. O ancião, porém, compreendendo o que se passava, respondeu que seria muito bom, se os quinze não se esquecessem da sua "loucura" antes de chegar o outro domingo.
Whitefield nunca se esqueceu nem deixou de aplicar a si as seguintes palavras do Doutor Delaney: "Desejo, todas as vezes que subir ao púlpito, considerar essa oportunidade como a última que me é dada de pregar, e a última dada ao povo de ouvir". Alguém assim escreveu sobre uma de suas pregações: "Quase nunca pregava sem chorar e sei que as suas lágrimas eram sinceras. Ouvi-o dizer: 'Vós me censurais porque choro. Mas, como posso conter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas almas mortais estarem a beira da destruição? Não sabeis se estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis outra oportunidade de chegar a Cristo!" Chorava, às vezes, até parecer que estava morto e custava a recuperar as forças. Diz-se que os corações da maioria dos ouvintes eram derretidos pelo calor intenso de seu espírito, como prata na fornalha do refinador.
Quando estudante no colégio de Oxford, seu coração ardia de zelo e pequenos grupos de alunos se reuniam no seu quarto, diariamente; eles eram movidos, como os discípulos logo depois do derramamento do Espírito Santo, no Pentecoste. O Espírito continuou a operar poderosamente nele e por ele durante o resto da sua vida, porque nunca abandonou o costume de buscar a presença de Deus. Dividia o dia em três partes: oito horas sozinho com Deus e em estudos, oito horas para dormir e as refeições, oito horas para o trabalho entre o povo. De joelhos, lia, e orava sobre as leituras das Escrituras e recebia luz, vida e poder. Lemos que numa das suas visitas aos Estados Unidos, "passou a maior parte da
viagem a bordo, sozinho em oração".

Extraído do livro Heróis da fé http://vozparaasnacoes.loja2.com.br/4125304-Herois-da-Fe