terça-feira, 29 de maio de 2012

TESTEMUNHO - GRANDE LIVRAMENTO - DEUS É FIEL

JESUS 

O PRESENTE DE DEUS EM MINHA VIDA


A  paz do SENHOR para todos eu me chamo Aline e tenho um tremendo testemunho para contar. No dia de ontem meu carro furou o pneu em Santo André na Av. do Estado, proximo ao Wall Mart  e fiquei super preocupada pois estava com o estepe furado também, e de repente encostou uma viatura do DST e perguntaram se estava tudo bem pois uma pessoa havia acabado de atropelar meu triangulo de segurança pois ele estava no celular e não viu. Liguei para meu irmão me levar um outro estepe e depois de uma hora ele chegou. Mais a minha benção foi porque o meu carro estava sem licenciamento e a pessoa que estava no volante sem habilitação; mais em todo o momento em que queria me desesperar o SENHOR colocava paz em meu coração, eu me via a todo o momento pegando minha gata (que estava comigo) e minha bolsa e indo a pé para casa; então pensei comigo mesma vou perder esse carro e DEUS me dará outro melhor ou isso será um testemunho na IGREJA que não importa a situação DEUS cuida dos seus; e hoje estou aqui escrevendo esse testemunho para que todos leiam e saibam que 


DEUS É FIEL!!!


 Obrigada SENHOR pelo grande livramento.

Na gloriosa PAZ DO SENHOR JESUS


Irmã Aline 



Gostaria de oferecer esse louvor ao SENHOR em gratidão por sua bondade e fidelidade.
http://www.youtube.com/watch?v=WQNjZGNcbb8

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Perdão


Deus está esperando e está pronto a perdoar a qualquer que peça perdão. A Bíblia diz em Salmos 86:5 “Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.”

Em que se baseou Davi a sua esperança de perdão? A Bíblia diz em Salmos 51:1 “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.”

Quão grande é a misericórdia de Deus? A Bíblia diz em Salmos 103:11-12 “Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem. Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões.”

Que promete Deus aos que confessam os seus pecados? A Bíblia diz em 1 João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” [E é totalmente apropriado que Deus nos perdoe os pecados porque Cristo morreu para redimir os nossos pecados]

Posso ser perdoado se estou ofendido com alguém? A Bíblia diz em Mateus 6:14-15 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.”

Os que são perdoados, perdoam a outros. A Bíblia diz em Efésios 4:32 “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

O perdão genuíno não se lembra das ofensas. A Bíblia diz em Mateus 18:21-22 “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.”

Quando recebemos o perdão não devemos continuar nos sentindo culpados. A Bíblia diz em Salmos 32:5 “Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.”

Através do perdão, Cristo provê salvação completa da penalidade do pecado. A Bíblia diz em Colossenses 2:13-14: “E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz.”

Se está precisando perdão, que deve fazer?

Primeiro, reconhecer o seu pecado. A Bíblia diz em Salmos 51:2-4: “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.”

Segundo, pedir que o seu pecado seja perdoado. Deus diz que pode começar uma vida nova. A Bíblia diz em Salmos 51:7-12: “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.”

Terceiro, acreditar que Deus lhe perdoou deveras e parar de se sentir culpado. A Bíblia diz em Salmos 32:1-6: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo. Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.”

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Você tem que aceitar a JESUS! O que significa isso?

 

A expressão deve aceitar a JESUS, significa aceitar o seu sofrimento na cruz, que ELE sofreu em nosso lugar para nos libertar da morte e do pecado, ou seja aceitar a JESUS, significa confessá-lo como seu Único e Suficiente Salvador. 
Por que razão eu devo confessar a JESUS?
Pois como todo o verdadeiro cristão baseia-se na Bíblia, ela nos adverte:

 A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 
Romanos 10:9

 E no versículo seguinte esclarece: 

Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. 
Romanos 10:10

Por que eu devo confessar com a boca já não seria o suficiente com o coração?

Como já foi mencionado, baseado no que nos diz as Escrituras, sim é necessário que o confesse com a boca

"...porque da abundância do seu coração fala a boca." Lc 6:45

E ainda conclui o SENHOR:

E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do 

homem o confessará diante dos anjos de Deus.

Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. 
Lucas 12:8-9

Ou seja, se quiseres ir para o céu é necessário que você o receba em seu coração e com a boca o confesse.

Libertação do domínio do pecado - Jessie Penn-Lewis



Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo , fomos batizados em Sua morte?” (Rm 6:3)
Muitos filhos de Deus perguntam: Como posso obter livramento da escravidão do pecado e do ego? Pode parecer impossível, mas não para Deus. Sua Palavra nos diz: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que se um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5:14-15).Quando viemos a Cristo no início, com a carga e culpa dos nossos pecados, o livramento parecia impossível. Mas crendo em Deus e em Sua Palavra e o Espírito dando testemunho e nos provando que Ele podia realizar o impossível, alcançamos o descanso.
Primeiro estágio da nossa experiência com Deus
1. Fomos convencidos do pecado pelo Espírito Santo
2. Tentamos conseguir a paz em nós mesmo;
3. Na posição de desespero chegamos a ver que o livramento teria que vir de fora de nós mesmos;
4. Finalmente olhamos para Cristo e O vimos sobre a Cruz no Calvário carregando os nossos pecados;
5. Aí cessamos nossos esforços, descansamos em Sua obra de expiação e encontramos paz no sangue da Sua cruz. O Espírito Santo aplicou o poder do sangue e não tivemos mais “consciência dos pecados” (Hb 10:2);
6. O impossível havia sido feito: tínhamos paz com Deus, justificados pela fé (Rm 5:1);
7. Nossa vida nos foi comunicada pelo Espírito Santo, que deu testemunho com nosso espírito que fomos feitos filhos de Deus (Rm 8:16).
Estes passos são claramente repetidos em outro estágio, quando Deus nos leva a conhecer o livramento da escravidão do pecado e do ego:
1. O Espírito de Deus nos convence da escravidão do pecado e da repugnância do egoísmo (I Co 3:1-3);
2. Lutamos para vencer os nossos pecados e nos livrar do nosso ego. O inimigo nos diz: “esta vida não é para você” ou “não existe tal coisa”. Procuramos nos submeter a Deus, mas fracassamos. A repugnância pelo pecado cresce e o seu poder parece ainda maior. As circunstâncias revelam a nossa pior parte, até que chegamos a nos odiar e então clamamos: “Miserável homem que sou!” (Rm 7:24);
3. Nessa altura do desespero e trevas o Espírito de Deus nos mostra que o livramento deve vir de outra fonte e que o ego não pode vencer o pecado e o ego;
4. Novamente o Espírito nos conduz ao Calvário e revela o significado da morte do Senhor Jesus para nossa libertação. Ele nos conduz à Palavra (II Co 5:14-15) e vemos que o Senhor levou não só nossos pecados, mas também o pecador. O velho homem foi crucificado juntamente com Ele. Aí concordamos em nos “considerar” (Rm 6:11) mortos para o pecado e vivos para Deus e a viver a vida crucificada (II Co 4:11);
5. Plantados juntamente com Ele na semelhança da Sua morte (Rm 6:5), cessamos nossos esforços e entramos no “descanso” declarando em total dependência do Espírito Santo: “Fui crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20);
6. A vida de Deus então nos é comunicada em medida mais plena e o Espírito Santo revela o Cristo vivo habitando em nós e nos capacitando a viver cada momento só para Ele. Não sinto nada disso! Alguém pode dizer:
eu não sinto nada disso!
Mas esta é a mensagem do Calvário e da ressurreição de Cristo. Precisamos chegar à posição correta à vista de Deus, pela fé em Sua Palavra , antes que possamos provar isso na experiência. Aí precisamos:
1. Voltar nosso olhar para o Calvário e ver nossos pecados e nós mesmos crucificados (Gl 2:20; Rm 6:6);
2. Tomar posse do nosso lugar na Cruz e declarar que por escolha própria nós morremos com Ele (Cl 3:3);
3. Submeter à Cruz, cada dia, qualquer vestígio da velha “vida natural” reconhecendo que ela foi crucificada com Cristo (Rm 8:13);
4. Depender do Cristo que habita em nós, para manifestar Sua vida sempre através de nós. Se assim descansarmos tranqüilamente na Palavra de Deus (“estais mortos”) e clamarmos pelo poder separador da morte de Cristo sobre cada manifestação da velha vida adâmica ou os antigos grilhões do pecado, o Espírito Santo “fará morrer” (Cl 3:5) os “feitos do corpo” (Rm 8:13) e andaremos na liberdade com a qual Cristo nos libertou. Quando Satanás nos tentar, lançando sobre nós os antigos pecados ou obras da velha vida, declaremos “pela palavra do nosso testemunho” (Ap 12:11): 1) Estamos crucificados com Cristo 2) Clamamos pela vitória de Cristo na Cruz 3) Recusamos nos submeter ao seu poder.
Perguntas e Respostas:
1. A morte de Cristo pode se tornar real para mim num momento?
R: Tomar nosso lugar como crucificado com Cristo é num momento, mas, o Espírito deve tratar com a “velha vida” dia a dia;
2. O Eu pode se levantar novamente depois disso?
R: Sim. O Espírito vai nos revelar manifestações do ego que nem imaginamos. Algumas vezes o inimigo pode “imitar” o Eu para nos desanimar.
3. O que fazer quando isso acontecer?
R: Ficar firmes na palavra (“está escrito”). Leve ao Espírito cada indício do Eu para ser tratado por Ele. Creia na libertação de Deus, ainda que a aparência seja contrária. Confie no poder do sangue.
4. Comunhão com a morte de Cristo significa não ter “sentimento”?
Não. Não somos transformados em pedras. Somo livrados do egoísmo, de sermos feridos pelos outros. Haverá lágrimas e sofrimento, mas não retribuiremos nem ficaremos ressentidos.
5. Se “morremos” como podemos ainda ser tentados?
R: Se Cristo foi tentado em todos os pontos, nós também o seremos, O segredo está em Gálatas 2:20; o eu está crucificado Cristo vive em mim.
6. E quanto ao morrer “diariamente”?
R: II Coríntios dá uma descrição da vida crucificada (4:10) quando o Espírito de Deus nos leva diariamente a uma conformidade mais profunda com a morte do Senhor Jesus.
7. O que acontece se caímos em pecado?
R: Esse é o ponto mais critico. Devemos confessar a Deus o pecado (I Jo 1:9) e não dar ouvidos ao Diabo.
8. O que tudo isso tem a ver com nosso crescimento na graça?
R: Só quando entendemos nossa união com Cristo em Sua morte (Rm 6:6) é que pode haver verdadeiro crescimento na graça. A vida divina em nós deve crescer, enquanto que a vida terrena é continuamente reconhecida como crucificada.
Advertência!
- Evite testemunhar “estou morto.” Não chame a atenção. Aceite as criticas boas e más. Não seja dogmático nas verdades espirituais. Deixe Deus testemunhar por você.
- Nunca busque “experiências.” Deixe Deus te guiar como Ele quiser.
- Nunca deixe o descanso em busca de mais benção. Deus não pode operar enquanto estamos ansiosos. - Não busquemos ter “consciência” da nossa morte com Cristo.
- Não coloque sua fé no seu “considerar” (Rm 6:11) e sim na Palavra infalível de Deus.
- Evite tentear “agarrar” a verdade de Deus, pois isso é geralmente esforço mental.
- O Senhor não disse que poderíamos olhar para dentro e comprovar que o Eu se foi. Creia na Palavra, confie em Cristo e outros verão o Senhor manifesto em sua vida.
- Não é preciso esforço para habitar em Cristo. Isso deve acontecer sem você notar.
- Se cremos na Palavra de Deus, evitemos olhar para dentro de nós com a finalidade de comprovar a obra que está sendo feita.
- À medida que descansamos na Palavra de Deus, a obra está sendo feita nas profundezas do nosso ser. Se começamos a perguntar: “morremos ou não?” Ele tem que esperar que nos afastemos de nós mesmos e retornemos ao descanso da Sua Palavra. “Aquele que começou em vós a boa obra, há de aperfeiçoá-la...” (Fl 1:6) Autora:

A Restauração de Pedro - C.H. Mackintosh


O assunto destas linhas trata da maneira como o Senhor restaura o seu povo quando ele se desvia. É abordado de forma compreensiva e é baseado na maneira como o Senhor restaurou a Pedro segundo o registro do evangelho de João 21.
Um estudo cuidadoso de João 21.1-19 nos capacitará a traçar três tipos distintos de restauração, a saber:
Restauração de consciência, Restauração de coração e Restauração de posição.RESTAURAÇÃO DE CONSCIÊNCIA
Não podemos estimar suficientemente o valor de uma consciência sã, clara e não reprovada. É muito óbvio que Pedro a possuía na tocante cena “junto ao mar de Tiberíades”. E contudo ele havia caído a pouco tempo antes – caído vergonhosa e gravemente. Ele havia negado o seu Senhor, praguejando e jurando. Todavia ele foi restaurado. Uma olhada de Jesus havia liberado as profundas fontes de seu coração e suscitado um fluxo de lágrimas de amargura. Contudo, não foram as suas lágrimas que fizeram isso, mas o amor que as provocou, o qual veio a ser a base de sua completa restauração de consciência. Foi o imutável e eterno amor do coração de Jesus, a eficácia divina do sangue de Jesus e o preponderante poder da advocacia de Jesus que conferiu à consciência de Pedro a intrepidez e a liberdade tão admiravelmente apresentada na memorável ocasião que está diante de nós.
Neste capítulo final do Evangelho de João, o Salvador ressuscitado é visto cuidando de Seus pobres, fracos e errantes discípulos. Ele valeu-Se das necessidades básicas deles para Se tornar conhecido aos seus corações em perfeita graça. Havia uma lágrima a ser enxugada, uma dificuldade a ser resolvida, um temor a ser aquietado, um coração despojado a ser contentado, uma mente descrente a ser corrigida? Jesus estava presente em toda a plenitude e multiplicidade de Sua graça para atender todas essas coisas. Quando eles tinham saído para passar uma noite em infrutífera labuta, o Senhor Jesus tinha os Seus olhos fixos neles. Sim esse mesmíssimo Jesus que tinha morrido na cruz para salvá-los de seus pecados, agora “estava na praia” para restaurá-los de seu desgarramento, reuni-los em volta de Si mesmo e satisfazer todas as suas necessidades.
Mas observemos minuciosamente as evidências de uma consciência completamente restaurada, como apresentada por Simão Pedro. Ele não pôde esperar pelo barco ou pelos seus companheiros-discípulos para estar aos pés de Jesus. Ele atirou-se ao mar, o que equivale a dizer: “Eu preciso ser o primeiro a estar com o meu Salvador ressuscitado”. Ninguém tem tal pretexto a não ser o pobre, vacilante e fracassado Pedro.
A confiança de Pedro era irrestrita, e isto veio a ser gozo para o coração de Jesus. O amor aprecia demonstrações de confiança; gosta de ser confiado. Que ninguém pense estar honrando Jesus ao ficar hesitando, permanecendo à distância, alegando ser indigno. Contudo é muito difícil para alguém que tem se desviado recobrar a sua confiança no amor de Cristo. Tal pessoa – pode ver claramente que um pecador é bem vindo a Jesus, não importando quão grande são ou quantos tenham sido os seus pecados. Mas a dúvida se interpõe por pensar que no caso de um cristão desviado a coisa é completamente diferente. Contudo, a Palavra de Deus diz: “Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões” (Jeremias 3.22). O amor do coração de Jesus não sofre variação. Indubitavelmente é triste cair, errar, desviar-se, porém, é ainda mais triste quando, tendo sucumbido, duvidamos do amor de Jesus ou de Sua graciosa prontidão para nos restaurar novamente.
Amado leitor, você tem caído? Você tem errado? Você tem perdido o doce senso do favor divino? Se a sua resposta for afirmativa, o que você deve fazer? Simplesmente isto: “Volte!”. Esta é a palavra que Deus tem para o desviado. Volte em plena confissão, em auto-juízo e na mais plena confiança no infinito, imutável amor do coração de Cristo. Não meça o coração de Jesus com os seus próprios pensamentos. Satanás lhe manteria a uma distância de desalento desse precioso Salvador que lhe ama com um amor eterno. Mas você só tem de fixar o seu olhar no sangue, na advocacia e no coração de Jesus para dar uma resposta triunfante a todas as terríveis sugestões do inimigo e a toda inquietação de seu próprio coração. Lembre-se sempre que o Senhor Jesus ama ser confiado. 
RESTAURAÇÃO DE CORAÇÃO
O coração tem de ser restaurado assim como a consciência. O que muitas vezes ocorre é que, embora a consciência seja perfeitamente limpa quanto a certos atos, as raízes de onde esses atos brotam não foram alcançadas ainda. Os atos são vistos no exterior da vida diária, mas as raízes são ocultadas bem no fundo do coração. Elas podem ser desconhecidas para nós mesmos e para outras pessoas, mas estão totalmente desveladas aos olhos dAquele com quem temos de prestar contas.
Essas raízes devem ser alcançadas, expostas e julgadas; isso é necessário antes que o coração se encontre numa condição reta aos olhos de Deus. Observem o modo extremamente gracioso em que o nosso bendito Senhor age para alcançar as raízes no coração de Pedro, Seu querido e honrado servo: “Depois de terem comido” (João 21.15). Não antes. Não havia alusão ao passado, nada que pudesse causar um abatimento no coração ou trazer uma nuvem sobre o espírito, e isto enquanto uma consciência restaurada estava se deleitando na companhia de um amor que não sofre variação. Esta é uma excelente característica moral. Isso caracteriza o procedimento de Deus com todos os Seus santos. A consciência é colocada em descanso na presença de um amor infinito e eterno.
Mas é necessário que ocorra uma atuação mais profunda para alcançar a raiz das coisas no coração. Quando Simão Pedro, na plena confidência de uma consciência restaurada, lançou-se aos pés de seu Senhor ressurreto, ele recebeu aquele gracioso convite: “Vinde, comei”. Mas, “depois de terem comido”, Jesus toma Pedro à parte a fim de partilhar à sua alma a luz da verdade; o intento desse gesto é que ele pudesse discernir a raiz de onde todo o seu fracasso emanou. Essa raiz era a auto-confiança. Ela o levou a se colocar acima dos outros discípulos e dizer: “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim” (Mateus 26.33-35).
Essa raiz tinha que ser exposta. Por isso, depois de terem comido, o Senhor disse a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes outros?” (João 21.15). Esta era uma pergunta oportuna e ela foi bater no fundo do coração de Pedro. Três vezes ele havia negado o Seu Senhor e agora por três vezes o Senhor desafia o seu coração – porque a raiz precisa ser alcançada, caso se tenha em vista algum resultado bom e permanente.
Não adianta simplesmente ter a consciência purificada dos efeitos produzidos na vida prática. É necessário que também se faça o julgamento moral daquilo que os produziu. Isto não é suficientemente compreendido e tomado em consideração, e é por isso que as raízes estão sempre brotando novamente, dando os seus frutos com crescente poder. Isto nos dá a mais amarga e penosa obra, que poderia ser toda evitada se as raízes das coisas fossem julgadas e mantidas sob julgamento.
Conhecemos nossas raízes? Sem dúvida que é difícil, muito difícil conhecê-las. Elas são profundas e numerosas: orgulho, vaidade pessoal, cobiça, irritabilidade, ambição. Essas são algumas das raízes do caráter, a origem da motivação das ações sobre as quais uma censura apropriada deve ser praticada. Devemos deixar a natureza saber que o olho do auto-juízo está continuamente sobre ela. Temos de continuar com a luta sem interrupção. Talvez ocasionalmente tenhamos de lamentar algum fracasso, mas precisamos manter a luta, porque a luta é um sinal de vida. Precisamos recordar a realidade dos fatos: nenhuma coisa boa habita na carne. Que Deus o Espírito Santo nos fortaleça para esta vigilância contra a carne.
RESTAURAÇÃO DE POSIÇÃO
Quando a consciência tem sido completamente purificada e o coração, com suas muitas raízes julgadas, há uma preparação moral para o nosso perfeito caminho. O perfeito amor de Jesus tinha afugentado todo temor da consciência de Pedro. As Suas três perguntas tinham revelado as raízes no coração de Pedro. Agora Ele lhe diz: “Quando eras mais moço tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me.”(João 21.18-19)
Foi com estas mesmas palavras que o Senhor havia começado com Pedro como Seu discípulo. Naquela ocasião ele também havia dito: “Segue-me” (Mateus 4.19). Eis aqui em duas palavras a senda do servo de Cristo: “ Segue-me”. O Senhor acabara de dar a Pedro a mais doce garantia de Seu amor e confiança. Ele havia, não obstante todos os fracassos passados de Pedro, confiado aos seus cuidados tudo aquilo que neste mundo era querido ao Seu coração de amor: os cordeiros e as ovelhas de Seu rebanho. Na prática, Ele lhe havia dito: “Se você tem afeto por Mim, apascenta os Meus cordeiros, pastoreia as Minhas ovelhas”. Agora, numa breve mas compreensível expressão vocal, Ele revela a Pedro o seu perfeito caminho: “Segue-me”.
RESTAURAÇÃO DE CAMINHO
Isto é suficiente e abrange tudo o mais. Se queremos seguir a Jesus, devemos manter continuamente os nossos olhos n’Ele. Devemos observar as Suas pegadas e andar nelas. Quando tentado à semelhança de Pedro a “voltar-se” para ver o que este ou aquele está fazendo, ou como o faz, precisamos ouvir as palavras de correção do Senhor: “Quanto a ti, segue-me” (João 21.20a e 22b). Este deve ser o nosso principal e todo envolvedor negócio, aconteça o que acontecer. Milhares de coisas podem surgir para perturbar e atrapalhar. O diabo nos tentará a olhar aqui e ali, a olhar para esta ou para aquela pessoa, a imaginar que podemos fazer melhor noutro lugar, ou a imitar o labor de algum companheiro de jornada. Tudo isto é rebatido por tais marcantes palavras: “Segue-me”.
O que para isso nos é necessário é a vontade subjugada – o verdadeiro espírito de um servo que espera no Mestre para conhecer a Sua mente. É mais fácil estar ocupado do que estar quieto. Quando Pedro era “mais moço” ele andava por onde queria; mas quando tornou-se mais “velho” ia para onde não queria. Que contraste entre o jovem, inquieto, ardente e vigoroso Pedro indo para onde bem queria e o velho, amadurecido, dominado e experiente Pedro indo para onde não queria (pois agora estava sujeito ao Senhor). Que misericórdia ter a vontade subjugada – ser capaz de dizer do fundo do coração: “Contudo, não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lucas 22.42)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Genesis capitulo 20



Gn.20:1a7 - Neste capitulo temos duas situaçoes distintas, a primeira e degradação moral a que as vezes o servo de Deus se expõe a vista do mundo; a segunda a dignidade moral que sempre lhe pertence a vista de Deus. Abraão mostra, outra vez, receio diante dos homens daquele pais estranho, sabendo que Deus não habitava ali entre eles, pois não havia temor de Deus em Gerar, mas o que Abraão se esquecera e que Deus estava sempre com ele onde quer que ele fosse. Esqueceu se que Deus era a proteção de sua mulher, então recorreu ao mesmo estratagema que havia utilizado no Egito. Se Abraão tivesse se apoiado inteiramente em Deus, a fidelidade do Senhor o haveria livrado sem ter de passar pela vergonha de ser repreendido por Abimeleque.
E sempre motivo de dor para o coração ver como os filhos de Deus O desonram e se rebaixam diante do mundo quando utilizam artifícios egípcios para sua proteção ao invés da plena confiança em Deus que e nossa plena segurança e proteção. A fé nos conduz para além do alcance dos pensamentos do mundo, pois como podem os homens do mundo ou até mesmo os crentes mundanos compreender a vida de fé?
            Impossível: a fonte de onde ela emana está muito além da sua compreensão: Eles vivem à superfície das coisas presentes. Desde que possam ver um fundamento palpável, eles confiam e ficam esperançosos, porem a idéia de descansarem inteiramente nas promessas de um Deus invisível lhes parece algo totalmente incompreensível.
             Gn. 20:8a13 – Aqui vemos que aquele que são graciosamente recebidos por Deus e iluminados pela Verdade do Senhor, quando se afastam da carreira de fé, ainda que por um só instante, descem ainda mais baixo do que aqueles que nunca conheceram ao Senhor, a ponto de serem repreendidos pelos mesmos. Assim, Abraao foi repreendido por Abilmeleque. Outro fato interessante a ser observado aqui, é a autodefesa de Abraão; ele diz: Fazendo-me Deus sair errante da casa de meu pai, eu lhe disse: Seja esta a graça que me fará em todo o lugar aonde chegarmos, dize de mim: É meu irmão. Vemos que Abraao havia alimentado uma coisa má durante anos, ele havia iniciado a sua carreira com certa reserva, com certa desconfiança na sua alma, e esta reserva era resultado de sua falta de plena confiança em Deus. Se ele pudesse ter confiado em Deus plenamente quanto a Sara, não teria havido necessidade de qualquer reserva ou subterfúgio. Deus a teria guardado de qualquer mal, quem pode fazer mal àqueles que são felizes objetos da proteção de Deus!! Todavia Abraão pode, em misericórdia, arrancar a raiz de todo o mal – confessá-lo, julgá-lo inteiramente, e deixá-lo. Não pode haver verdadeira benção enquanto não for trazida à luz cada partícula de fermento e calcada aos pés.
Quando contemplamos o povo de Deus percebemos diferenças espantosas entre o que sãos aos olhos de Deus e o que são aos olhos do mundo. Deus contempla-os em Cristo, e por isso vê-os sem mácula, nem ruga, ou coisa semelhante ( Ef.5:27 ). Eles são o que Cristo é perante Deus. São perfeitos para sempre, quanto à sua posição em Cristo. Não estão na carne, mas no Espírito. Em si mesmo, eles são pobres, fracos, imperfeitos e inconstantes e é disso mesmo que o mundo toma conhecimento. O que o mundo vê e o que Deus vê são óticas completamente diferentes.
              Contudo, é prerrogativa de Deus mostrar a beleza, a dignidade e a perfeição do Seu povo. É Seu privilégio exclusivo, visto ser Ele Próprio Quem outorga essas coisas. Eles têm somente a formosura que Ele lhes tem dado e é, portanto, Seu direito declarar o que essa formosura é; E Ele fará de maneira digna de Si mesmo, e nunca é tão abençoadora como quando o inimigo se dispõe a ferir, a amaldiçoar, ou acusar. Assim, quando Balaque se dispõe a amaldiçoar a semente de Abraão, diz a Palavra do Senhor: “Não vi iniqüidade em Israel, nem contemplei maldade em Jacó! As tuas moradas, ó Israel”! (Nm.23:21 e 24:5). Outro tanto, quando satanás se apresenta para resistir a Josué, a Palavra é: “O Senhor te repreenda, ó satanás,..... não é este um tição tirado do fogo”? (Zc.3:1). Assim o Senhor se interpõe entre o Seu povo e toda a língua que procura acusá-los. Ele não responde as acusações referindo-Se ao que o Seu povo é em si, ou o que são aos olhos dos homens deste mundo, mas o que Ele próprio tem feito deles, e onde os tem colocado.
Assim, no caso de Abraão, ele podia rebaixar-se à vista de Abimeleque, rei de Gerar; e Abimeleque podia ter de o repreender, porém, quando Deus trata do caso, Ele diz a Abimeleque: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste.... (Gn.20:3). E de Abraão Deus diz: profeta é, e rogará por ti (Gn.20:7). Sim, com toda “a sinceridade do seu coração e a pureza de suas mãos” neste caso com Abraão, o rei de Gerar não passava de um homem morto. E, além disso, ele tem de ser devedor das orações de um estrangeiro inconsistente que deverá orar pela restauração da sua casa.
Gn.20:14a18 – “E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e à sua mulher, e as suas servas, de maneira que tiveram filhos”. Assim é, pois, o método do Senhor: O Senhor pode ter controvérsias com os Seus, com base nos Seus caminhos, mas logo que o inimigo intenta acusações contra eles o Senhor defende sempre a causa dos Seus servos. Em sua contenda com Abimeleque, Abraão, claramente agiu mal, porém, Deus o corrigiu e o restaurou e, além de declarar sua condição de profeta eleito do Senhor, Deus exige que as restauração da casa de Abimeleque viesse apenas pela intercessão de Abraão, o que mostra o imenso carinho e cuidado do Senhor com Seus servos e o controle absoluto que o Senhor tem sobre tudo. “É Deus quem os justifica, quem os condenará?” (Rom.8:33e34). Abraão orou para que as mulheres estéreis do reino de Gerar tivessem filhos, enquanto sua própria mulher, por quem ele já havia orado tanto, continuava estéril. Como deve ter sido difícil e incompreensível para Abraão ver que suas orações eram respondidas tão rapidamente quanto às mulheres estéreis de Gerar, enquanto Sara permanecia incapaz de conceber. Esta deverá ser, sempre, uma dura lição para o servo de Deus, saber que deverá ter seus olhos postos no Senhor, convicto de que Ele é o dono do tempo, sabe a hora certa, está nos treinando e disciplinando e nada nos dará antes de estarmos prontos.
Bendito seja eternamente o Seu nome!
Amém!

domingo, 20 de maio de 2012

Todos devem servir - Watchman Nee

 
Um ensino prático sobre o serviço dos membros, dirigida aos irmãos que têm responsabilidade na obra e nas igrejas.


Vocês têm que trabalhar até que chegue o dia em que todos os irmãos e irmãs se apresentem para servir, o dia em que todos os santos participem, todos sirvam a Deus, e cada um seja um sacerdote. Então verdadeiramente vocês verão o que é a igreja.


Eu não sei se vocês viram este caminho ou não. Vocês têm que entendê-lo. Tudo depende de vocês. Vocês mesmos devem dar-se a um certo número de pessoas, e eles por sua vez devem dar-se a todos os irmãos e irmãs. Se vocês não podem fazer que todos os irmãos e irmãs se levantem para servir a Deus e para tomar a responsabilidade nos assuntos da igreja, vocês terão fracassado totalmente, em virtude disso não seria a igreja.

Vocês precisam mostrar aos anciões que não importa quanto se esforcem, eles são muito poucos para poder dirigir os assuntos da igreja adequadamente. Eles somente são cuidadores e não devem tratar de fazer tudo sozinhos. Eles não devem substituir à igreja fazendo tudo; pois bem, devem fiscalizar à igreja para que tudo seja feito. Não é uma questão de que eles mesmo façam, mas sim de fiscalizar, observar, encorajar, e lhes ensinar a fazê-lo, e fazer que todos na igreja participem. A partir desse momento vocês terão a realidade da igreja.

Permitam-me dizer algo que tenho dito por muitos anos. Hoje em dia tenho um sentimento particularmente profundo a respeito. O número de pessoas que servem determina o número de pessoas na igreja. Daí que não deve haver mil ou cinco mil irmãos em uma localidade e somente uns tantos servindo. Em um lugar, a quantidade de pessoas que prestam serviço é a quantidade de pessoas na igreja. O número de sacerdotes determina o povo de Deus. Não devemos tolerar que nenhum membro careça de função. Por favor, recorde que você, como membro do corpo de Cristo, tem uma função. Se não entender este princípio básico, não fará um bom trabalho.

Irmãos e irmãs, falando com franqueza, vocês como obreiros e colaboradores, não podem fazer a obra. Isso não é o Novo Testamento, mas sim um sistema de sacerdotes. Nós não temos um sistema de sacerdotes, e sim, um corpo de sacerdotes. Cada um é um sacerdote.

Os de um talento devem servir

Vocês têm o hábito natural de usar somente os que têm dois talentos. A história da igreja sempre foi assim. Os que têm cinco talentos podem avançar por si só; não há necessidade de cuidá-los. Mas os de um só talento é muito difícil lhes ajudar. Uma palavra ou duas, e eles enterram seu talento de novo. Os de dois talentos, são os mais disponíveis. Têm certa habilidade, eles podem fazer bem as coisas, e não enterram seus talentos. Mas se vocês somente podem usar os de dois talentos, e não podem usar os de um talento, fracassaram totalmente.

Tenho dito isto no Fuchou, tenho-o dito também em Shangai, e o direi de novo hoje. O que é a igreja? A igreja é todos os de um talento que devem participar no serviço da igreja, na parte prática e na parte espiritual. Você não pode menear a cabeça e dizer: «Este é inútil», e «Aquele é inútil». Se você disser que este é inútil e que aquele é inútil, a igreja está acabada e você fracassou totalmente. Se você pensar que ele é inútil, ele verdadeiramente será inútil. Você pode dizer-lhe que de acordo a si mesmo, ele presupõe ser inútil, mas que o Senhor lhe deu um talento e deseja que todos os de um talento saiam e negociem. O Senhor pode usá-los. Se você não pode usar os de um talento, isso prova que diante do Senhor você não pode ser um irmão com responsabilidade. Você tem que usar a todos os irmãos e irmãs que são «inúteis». Este é o trabalho dos irmãos que estão na obra. Não devem usar somente os irmãos e irmãs úteis, mas sim também devem fazer que todos os irmãos e irmãs inúteis sejam úteis.

O princípio básico é que o Senhor não deu a ninguém menos de um talento. Na casa do Senhor, não há nem um só servo que não tenha um dom; cada um tem ao menos um talento e não pode ter menos de um talento. Ninguém pode desculpar-se dizendo que o Senhor não lhe deu um talento. Queria que vocês se dessem conta de que todos os filhos de Deus são servos diante dele. Se são filhos, são servos. Em outras palavras, se são membros, têm um dom; se são membros, são ministros. Se pensarmos que há alguém a quem o Senhor não pode usar, não conhecemos nada da graça de Deus absolutamente. Devemos conhecer a graça de Deus tão profundamente que quando Deus chama a alguém seu servo, nunca nos levantemos para dizer que não o é. Hoje, se você pudesse escolher, talvez selecionaria três ou quatro de toda a igreja. Mas Deus diz que todos são servos. Já que Deus diz isto, devemos deixá-los que sirvam.

Irmãos e irmãs, de agora em diante, se prosseguimos em nossa obra ou não, e se esta obra tem êxito ou não, depende do que podemos dizer hoje de nossa obra diante do Senhor. Há somente alguns trabalhando? Há só alguns especialmente dotados fazendo a obra? Ou todos os servos do Senhor participam do serviço e toda a igreja está servindo? Este é todo o problema. Se este problema não pode ser resolvido, não temos nada.

O corpo de Cristo não é uma doutrina, mas sim algo vivo. Todos devemos aprender isto: somente quando todos os membros funcionam, temos o corpo de Cristo. Só quando todos os membros funcionam, tem-se a igreja.

Pregar somente sobre o corpo de Cristo é inútil; devemos deixar que o corpo trabalhe e expresse suas funções. Já que é o corpo de Cristo, não devemos temer que lhe faltem funções. O Senhor deseja que cada membro em cada localidade se levante e sirva.

Se tenho razão, de acordo com o meu discernimento, é possível que a hora tenha chegado. As cartas que recebi de diferentes lugares e as notícias que ouvi de toda parte indicam que hoje em toda parte todos os santos estão preparados para apresentar-se para servir. Deus tem ido adiante de nós; nós devemos seguí-lo.

É meu desejo que nenhum irmão entre nós saia e em vez de guiar os irmãos e irmãs a servir, substitua-os, sendo assim um fracasso. Espero que quando você for a um lugar, no começo guie a oito ou dez para que sirvam, e depois de certo tempo eles guiarão a sessenta, a oitenta, ou a cem para que sirvam ali. Então na próxima visita que você fizer, talvez veja mil ou duas mil pessoas servindo. Isto é o correto. Se você tiver que usar os de cinco talentos reprimindo aos de um talento, você não é servo do Senhor. Você deve fazer que todos os de cinco talentos se levantem e sirvam, e que todos os de dois talentos se levantem e sirvam, e também devem fazer que todos os de um talento se levantem e sirvam. Deve fazer que se levantem e sirvam também aqueles que você pensa que não são úteis. Assim aparecerá a igreja gloriosa.

Em Fuchou preferiria ver todos os camponeses simples servindo, do que três ou cinco irmãos destacáveis pregando. Não admiro aqueles que se sobressaem. Eu gosto dos de um talento. O Senhor poderia nos dar, em sua graça, mais Paulos e mais Pedros, mas não o tem feito. O mundo inteiro está cheio de irmãos e irmãs de um talento. O que faremos com esta gente? Onde vamos pô-los?

Neste treinamento aqui na montanha, se Deus tratar verdadeiramente com nosso eu e com nosso trabalho a tal ponto que saiamos a prover uma maneira para que todos os de um talento sirvam, pela primeira vez a igreja começará a ver o que é o amor fraternal, e Filadélfia aparecerá.

O serviço sacerdotal

Primeiro, devemos estabelecer o princípio de que todos os filhos de Deus são sacerdotes que devem servir a Deus. Tendo em conta este princípio, vejamos como podemos guiar a todos os irmãos e irmãs a ser sacerdotes em uma igreja local.

Em outras palavras, vejamos que classe de reparos devemos fazer no trabalho espiritual a fim de que todos os crentes possam participar das coisas espirituais, tanto os novos crentes como os que conheceram ao Senhor por muitos anos. Precisamos ver quais coisas espirituais em uma igreja local podem ser atendidas pelos irmãos e irmãs.

O primeiro, é a pregação do evangelho. O segundo, visitar os novos crentes trazendo-os pelo caminho reto e lhes mostrando como ser cristãos. O terceiro, na igreja há muitas outras necessidades. Alguns crentes têm dificuldades em suas famílias; alguns têm enfermidades; outros sofrem pobreza; outros têm mortes ou outros acontecimentos em suas famílias. Esta gente também necessita do serviço e da ajuda da igreja. Podemos qualificar tais serviços como visitas aos que estão em situações especiais. Esta é outra coisa que podem fazer todos os irmãos e irmãs. O quarto assunto é o cuidado dos irmãos que se mudaram para longe, e dos que chegaram de outro lugar.

Na Bíblia, a igreja é uma igreja que prega o evangelho, uma igreja que visita às pessoas, e uma igreja que cuida de outros. É o corpo de Cristo em uma localidade. No corpo de Cristo não há membros inativos. Se algum dia pudesse haver um grupo de irmãos ou inclusive uma igreja inteira, em que todos servem, todos cuidam das coisas espirituais adequadamente, todos tomam responsabilidade, e todos estão ocupados, então isso seria o verdadeiro corpo de Cristo.

Se houver uma igreja local com dois mil irmãos e irmãs, e somente quinhentos servem, enquanto mil e quinhentos não o fazem, deveria nos parecer algo estranho. Se houver quinhentos irmãos e irmãs, devem ser, então, quinhentos os que servem; de outra maneira, os irmãos mais responsáveis não poderão agüentar a carga.

O serviço levítico

Há também outra área de serviço, o serviço levítico, que se refere ao serviço dos assuntos práticos. No Antigo Testamento, os levitas lavavam os bezerros, derramavam o sangue, levavam para fora o esterco, ajudavam a esfolar as ofertas e também transportavam o equipamento do tabernáculo. Todas estas coisas são o serviço levítico.

Sem importar que classe de assunto seja, todos devem pôr as mãos nisso. Há muitas coisas que podemos considerar diante do Senhor: o trabalho da limpeza; o acerto do salão e o trabalho de acomodar; a necessidade de encarregar-se do partir do pão e dos batismos; dar aos pobres entre os incrédulos; cuidar dos pobres que há na igreja; a recepção e envio de irmãos; a contabilidade; o serviço da cozinha; a oficina de serviço; o serviço de transporte; o trabalho do escritório; a ajuda aos irmãos pobres em seus afazeres domésticos.

Eu sempre espero que cada irmão e irmã tome encargo pelos assuntos práticos. Nunca permita que exista uma situação onde alguns tenham o que fazer enquanto que outros não estejam fazendo nada. O serviço da igreja sempre é para todos.

Terá que tratar com a carne dos de um talento sem prescindir deles

Se o Senhor puder realmente abrir passagem em nosso meio, o caminho que tomamos nos últimos dez, vinte ou trinta anos será completamente mudado. O ponto de vista de vocês não pode ser o mesmo de antes; tem que ser quebrantado e esmagado.

Primeiramente, vocês não devem usar a um irmão somente porque é útil nem deixá-lo fora se não o for. Na igreja nenhum membro deveria ser deixado fora. Esta não é a maneira que procede o Senhor. Hoje em dia, se o Senhor tiver que recuperar seu testemunho, ele deve fazer que todos os membros de um talento se levantem. Todos os que pertencem ao Senhor são os membros do corpo. Cada um deve levantar-se e deve estar em sua função. Se isto ocorrer, vocês verão a igreja. Hoje em dia, enquanto vocês estão aqui na montanha, considerem cada lugar. Vocês quase têm que dizer: Onde está a igreja? Onde está Cristo? Parece que nem a igreja nem o Senhor estão por aí. Quando saírem para trabalhar, nunca desprezem os membros de um talento, nunca os substituam, nunca os reprimam. Têm que confiar neles de todo coração. Vocês devem fazer que eles trabalhem. Se Deus tem a segurança de chamá-los a ser servos, vocês também devem ter a segurança de chamá-los a ser servos.

Em segundo lugar, na igreja não tememos às atividades carnais. Duas linhas têm que ser estabelecidas na igreja: alguém é a autoridade e a outra é o dom. Todos os de um talento tem que vir e servir, trabalhar e dar fruto. Vocês talvez perguntem: «Se todos os de um talento aparecem com a sua carne e tudo, o que faremos?». Deixem-me dizer-lhes que a carne deve ser tratada, e a maneira de tratá-la é usar a autoridade que representa a Deus.

O dom e a autoridade são duas coisas completamente distintas; o dom é o dom e a autoridade é a autoridade. Os de um talento devem usar seu dom. E com os que são carnais, vocês devem fazer uso da autoridade. Se um irmão permitir que sua carne interfira enquanto está trabalhando, deve dizer-lhe: «Irmão, isso não está bem. Você não deve deixar que sua carne interfira». Digam-lhe: «essa atitude é incorreta. Não permitimos que tenha essa atitude». Quando lhe falarem dessa maneira, no dia seguinte provavelmente ele irá para a sua casa e desde então não fará mais nada. Então vocês têm que buscá-lo e dizer-lhe: «Não, você ainda tem que fazer o trabalho». É possível que a carne surja de novo, mas mesmo assim vocês devem deixar que faça o trabalho. Devem lhe dizer de novo: «Você deve fazer isto, mas não lhe permitimos que faça aquilo». Sempre faça uso da autoridade para tratar com ele.

Esta é a maior prova. Uma vez que o Senhor use aos de um talento, a carne deles imediatamente se misturará. A carne e «um talento» estão unidos. Devemos resistir a carne, mas temos que usar aos de um talento. A situação de hoje em dia é que nós enterramos a carne, eles enterram o talento, e a igreja fica sem nada. Isto não pode acontecer! Temos que fazer uso da autoridade para tratar com a carne, mas também temos que pedir-lhes que manifestem seu talento. Talvez digam: «Se trabalho, não está bem, e se não o faço, tampouco está bem. Então o que farei?». Vocês devem lhes dizer: «É obvio, que se trabalhar e introduzir a carne prejudica; mas se não trabalhar, também prejudica porque enterra o talento. O talento deve entrar, mas não a carne».

Na igreja, pode manter-se a autoridade e pode incluir-se funções de todos os membros, você verá uma igreja gloriosa na terra e o caminho da restauração será fácil. Não sei quantos dias mais o Senhor pôs diante de nós. Creio que nosso caminho será mais e mais claro. Temos que usar todo nosso entendimento e todas as nossas forças para que todos os irmãos e irmãs se levantem para servir. Quando esse tempo chegar, a igreja será manifestada, e o Senhor retornará. Que o Senhor seja misericordioso e tenha graça para conosco, para que façamos o melhor.

Extraido de uma mensagem que o autor deu a obreiros e colaboradores na China, em 1948.

Gênesis capítulo 19




Gn.19:1 – Ló estava assentado à porta de Sodoma. Esta era uma posição de importância, Ló havia encontrado progresso m Sodoma. Os juízes e homens de autoridade assentavam-se a porta para julgar o povo (IISamuel15:2). Ló parecia ter encontrado boa fama, reconhecimento e fortuna diante dos habitantes de Sodoma. Nos diz  a Palavra em IIPed.2:8 que ele tinha afligida sua alma pelas obras injustas que presenciava na cidade, mas não diz que ele desejava sair da cidade. É bem provável que se acostumara e conformara com as injustiças que, constantemente, presenciava. Que nos sirva de alerta o fato que os corações constantemente tocados e avisados pelos alertas do Senhor, quando não mudam radicalmente sua posição, passam ao estágio seguinte, que é o endurecimento (Hb.6:7e8).
Gn.19:2,3 – “E disse (Ló): Eis agora, meus senhores, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo.......E eles disseram: Não, antes na rua passaremos a noite”. Que grande contraste temos aqui entre o tio Abraão e o sobrinho Ló. Em Gn.18:3, Abraão convida O Anjo do Senhor a ficar em sua tenda. E qual foi a resposta do Anjo? Versículo 5: “Assim faze como disseste”. No verso 3 de Genesis 19, encontramos: “E porfiou com eles muito”. Após a grande insistência de Ló, ele conseguiu receber os anjos em sua casa. Ele pode servir uma boa refeição aos enviados do Senhor, mas antes que se deitassem, os habitantes da cidade já estavam em sua porta. Talvez fascinados pela aparência e beleza daqueles seres celestiais, os sodomitas (homosexuais) sentiram-se atraídos.
Gn.19:4a8 – “Onde estão os homens que a ti vieram esta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos” (ter relação sexual). Vejamos a situaçao de Ló: Na tentativa de livrar os seus hóspedes do assédio daqueles homens, ele tenta a mais humilhante de todas as propostas e oferece suas filhas em lugar deles; devemos analisar como ele chegou a tal situação, vemos que primeiro ele escolheu a campina bem regada, depois ele armou suas tendas e, por fim, veio a assentar-se à porta de Sodoma. Ele pensava que lucraria no mundo dos sodomitas sem que este enlace se tornasse profundo o suficiente para prendê-lo completamente, mas as circunstâncias mostram o contrário, ele não podia persuadir os sodomitas a deixar seus hóspedes. E, então, teve de ouvir de seus concidadãos: “Como estrangeiro este indivíduo veio habitar aqui e quereria ser juiz em tudo?” Descobrimos, assim, que não podemos lucrar com o mundo e, ainda, dar testemunho de sua impiedade. Ló não poderia dar conselhos a eles enquanto fosse um deles.
Gn.19:5a14 – Ló não pode ajudar os anjos, pelo contrário, eles o salvam das mãos dos sodomitas, os quais não aceitam os argumentos de Ló, não criam no testemunho dele; Quão terrível ainda seria para Ló o ter que enfrentar o escárnio de seus genros, pois eles tiveram Ló como “zombador” , de forma nenhuma puderam crer que aquele homens que habitava entre eles há tanto tempo pudesse ser um portador de um recado de Deus. Deste fato podemos depreender que “é totalmente inútil falar do juízo vindouro quando temos o nosso lugar, a nossa parte, o nosso quinhão e, os nossos prazeres, na própria cena que está sendo julgada”. Abraão estava numa situação muito melhor para falar de juízo, tanto mais que estava inteiramente fora dessa cena.
Oh! Se nossos corações desejassem mais ardentemente os frutos preciosos de nossa condição de peregrinos e estrangeiros neste mundo, de modo que, em vez de sermos tirados a força, a semelhança do pobre Ló, em vez de lançarmos atrás um olhar hesitante, pudéssemos com santa alegria, correr como bom corredores para o alvo da soberana vocação celestial.
Gn.19:15a23 - ....... Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças...... E Ló disse-lhe: Ora, não, meu Senhor! Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e engrandeceste a tua misericórdia que a mim me fizeste, para guardar a minha alma em vida; mas eu não posso escapar no monte, para que porventura não me apanhe este mal, e eu morra. Eis que agora aquela cidade está perto, para fugir para lá, e é pequena; ora, deixe-me escapar para lá (não é pequena?), para que minha alma viva. Que quadro!! Parece com um homem a afundar-se, pronto a agarrar-se até mesmo a uma pena flutuante. Apesar de o anjo o mandar fugir para o monte, ele recusa, e agarra-se apaixonadamente à ideia de uma pequena cidade – um pequeno bocado do mundo. Temia a morte no local onde Deus misericordiosamente o enviava – temia todo o mal e só podia esperar segurança no lugar de sua própria invenção. “Ora para ali escaparei para que minha alma viva”. Como é triste, não se lançou inteiramente em Deus. Contudo, por fim não se sente tranquilo, mesmo ali na pequena cidade, então, por medo (Gn.19:30) lança-se no monte, onde primeiro deveria ter ido por ordem do mensageiro do Senhor.
Gn.19:24a38 – “E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara”. Eis aqui um quadro solene, o Senhor se lembra de seu servo Abraão e por sua intercessão poupa a família de Ló. Ainda assim, não vemos em Ló a disposição de voltar a vida de peregrino junto a seu tio, o que vemos é que seu fim torna-se ainda mais terrível quando suas duas filhas o embriagam e, na sua embriaguez ele se torna o instrumento para trazer a existência os amonitas e os moabitas – inimigos declarados do povo de Deus.
Que solene advertência para nós, Lembremo-nos da Palavra que nos diz: “Não ameis o mundo”. Nem as Sodomas ou Zoares que no mundo há. São todas as mesmas e nelas não existe segurança para nós, pelo contrário, sobre elas paira o Juízo do nosso Deus que, apenas retém ainda Sua espada esperando pacientemente que haja arrependimento por parte daqueles que hão de salvar-se até que se complete o “número dos redimidos” (Apoc.6:11).
Sigamos, pois, uma conduta de santa separação do mundo. Tenhamos a esperança, enquanto nos mantemos fora de todo o seu curso, da vinda do Mestre. Que as suas campinas bem regadas não tenham encantos para os nossos corações. Que as suas honras, as suas distinções e as suas riquezas sejam vistas por nós luz da Glória vindoura de Cristo. Que, á semelhança do patriarca Abraão, possamos estar na presença do Senhor, e, desse terreno elevado, olhemos para a extensa cena de ruína e desolação – para a vermos no seu todo, por meio do olhar antecipado da fé, como ruínas fumegantes.   

Enviado pelo irmão Acyr Godoy