Agora, então, ainda esta palavra “Sião”, ao qual é dito que chegamos, permanece um pouco abstrato, no que diz respeito à nossa mentalidade. Devemos, portanto, descer para ver o que é este Sião ao qual temos chegado. Dissemos que Sião é a consumação, ou totalidade, mas o que isso representa? Do que ele é constituído? Qual é a constituição de Sião como a obra final de Deus?
[1] SIÃO: UM POVO NO BENEFÍCIO DA COMPLETA E PERFEITA OBRA DE CRISTO
Primeiramente, dizemos que Sião é um termo inclusivo e completo; em outras palavras, quando entramos no Senhor Jesus, chegamos ao pensamento pleno de Deus. Podemos ter que crescer em nossa apreensão e compreensão daquilo a que já chegamos, porém Deus não tem mais nada o que acrescentar àquilo a que temos chegado. Temos tudo! Em Cristo temos tudo! Deus chegou ao fim em Seu Filho; terminou a Sua nova Criação em Seu Filho, e entrou em Seu descanso. De modo que a Carta aqui diz: “Nós que cremos entramos no Seu descanso”. Sião é um termo abrangente, que se refere a tudo aquilo que Deus colocou em Seu Filho para nós. Cristo é a soma total de toda a obra de Deus, da qual obra está escrita: “terminada.” Isto não significa apenas chegar a um fim; significa que a obra foi completada, que tudo está completo, tudo está perfeito!
Você conhece a fórmula quando os sacerdotes traziam o sacrifício da reconciliação e colocava as suas mãos sobre a cabeça do animal, eles expressavam uma fórmula que em grego significa: “Está perfeito”. Eles percorriam seus olhos experientes sobre aquele sacrifício, revolvendo cada cabelo, para ver se havia algum de outra cor, qualquer minúsculo ponto de contradição e inconsistência, abrindo a boca do animal, examinando os seus dentes, cada parte era examinada pelos olhos treinados do meticuloso sacerdote; e, quando ele terminava seu exame, e quando o sacrifício tinha ficado exposto por dez dias sob aquele escrutínio, para ver se haveria qualquer aparição de qualquer elemento inconsistente, imperfeito — ao final, ele mostrava o sacrifício e punha as suas mãos sobre ele, e pronunciava: “Está perfeito”. Assim ocorre na Carta aos Hebreus. Por meio de uma única oferta, Ele aperfeiçoou para sempre, fez completo; e quando Jesus falou: “Está consumado”, foi o veredicto de uma Oferta Perfeita, sem mancha ou ruga, para Deus. Está perfeita, completa. Sua obra e Sua Pessoa foram aceitos por Deus.
A soma de toda a obra de Deus está representada no simbólico nome “Sião”. Mas Sião é visto não apenas como Cristo Pessoal, mas algo corporativo. É o povo de Sião, um povo que está no benefício da completa e perfeita obra de Cristo; um povo que é um vaso daquela obra do Senhor.
Sião? É tão fácil dizer coisas como essas, e isto é um ensino bíblico, talvez, você possa dizer, um bom ensino bíblico; mas, oh, meus amigos, iremos ver, antes de terminarmos esta semana, que não é tão simples assim. E você irá descobrir quase todos os dias da sua vida que esta posição de se manter e estar no benefício da obra de Cristo não é algo simples _ é desafiador, é um subir da montanha e um descer ao vale, durante todo o caminho, para que você possa ser movido para esta posição da obra perfeita do Senhor Jesus. Nós temos chegado a algo perfeito, e devemos ser o povo que corporifica esta obra perfeita do Senhor Jesus! Não quero dizer que já somos perfeitos, mas a obra do Senhor é perfeita; e aquele que é perfeito está conosco, e está EM nós. Chegará o tempo quando esta perfeição será manifestada. Penso que é um maravilhoso fragmento em Tessalonicenses: “ Quando Ele vier para ser glorificado nos seus santos, e para ser admirado EM todos os que tiverem crido”. Ser admirado! E eu suponho que nós admiraremos muito mais do que quaisquer outras pessoas. Bem, isto é Sião. É Cristo, e Cristo coletivo, Cristo corporativo, o fundamento de tudo. Sua obra perfeita, tanto como Sua Pessoa perfeita _ isto é Sião.
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