quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

GILGAL: TRATANDO COM A CARNE

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A fim de interpretar corretamente o significadode Gilgal, devemos, primeiramente, compreender o princípio da primeira menção contido nas EscriturasSagradas. 
  A partir de Josué 5.9, descobrimos que Gilgal éum lugar que significa "removido". Ao ler osversículos 2 a 9, compreendemos que a geração dosfilhos de Israel que inicialmente saíram do Egito foitoda circuncidada, ao passo que a geração deisraelitas que nasceram depois, no deserto, não o foi. 
Naquela época, esta geração estava entrandoem Canaã e, logo, herdaria sua herança. Portanto, avelha carne deveria ser "removida"; o opróbrio do Egito precisava ser lançado fora ou removido paraque os filhos de Israel pudessem ter a chance dedesfrutar uma nova. vida, porquanto o significado dacircuncisão, conforme nos é revelado no NovoTestamento, indica "despojamento do corpo da carne"(Cl 2.11). 
Quem verdadeiramente reconhece o que é acarne? Quem entende o que quer dizer tratar com acarne? Quem compreende o que quer dizer o julgamento da carne? Muitas pessoas supõem que avitória sobre o pecado é a marca da perfeição, masnão sabem que é a carne quem peca!1 Esse princípio de interpretação da Bíblia diz que a primeira mençãode uma palavra, personagem, lugar etc. determina seu significado norestante da Bíblia.
 Segundo as Escrituras, a carne é condenadapor Deus. Trata-se de algo do qual Ele se desagrada.A carne é tudo o que temos ao nascer: "O que é nascido da carne é carne" (Jo 3.6). Tudo o que temos, ao nascer, provém da carne,e isso não inclui apenas pecado, imundície ecorrupção, mas também bondade, habilidades, zelo,sabedoria e poder naturais.    Uma lição bastante difícil de ser aprendida, navida de um crente, é que ele conheça a própria carne. O cristão deve ser conduzido por todos ostipos de fracassos e privações antes de saber o quesua carne é. O que atrapalha o progresso do crente, tanto navida quanto na obra, é a carne. Ele não temconsciência de que Deus o convoca a negar a própriacarne, imagina que abrir mão dos pecados já é osuficiente e desconhece o mesmo desprazer queDeus sente tanto por suas habilidades, seu zelo esua sabedoria na obra de Deus quanto por suaprópria bondade e por seu poder na vida espiritual. Segundo Deus, precisamos negar, fazer morrere permitir que passe pelo julgamento tudo o queconsideramos bom de acordo com a carne e tudo oque planejamos e organizamos pela carne. O Senhornão confere o menor valor à ajuda da carne, nem navida nem na obra espirituais. No tempo de Josué, Gilgal era exatamente olugar onde a carne foi despojada e julgada. Para ocrente hodierno, Gilgal simboliza o lugar onde acarne deve ser julgada por meio do entendimentoque Deus nos concede. Deus declara que a carnedeve ser lançada fora. Assim, concordemos com Ele.Deus afirma que a carne precisa ser circuncidada.Portanto, sejamos circuncidados no coração. 
 Em nossa jornada espiritual pela vida, deve-mos, também, partir de Gilgal e negar a carne.Porém, observe, por favor, que isso não especifica ograu de despojamento de alguém, mas simplesmentedeclara que a carne precisa ser julgada. Um erro freqüente cometido pelas pessoas éprocurar zelo e boas obras, mas deixar de negar acarne. No entanto, o mais essencial é julgarmos acarne da mesma forma como Deus a julgou. De acordo com uma. experiência muito pessoalque tive com o Senhor, a expressão mais elevada devida espiritual não se encontra na regeneração,santificação, perfeição, vitória sobre o pecado ou nopoder, mas em negar a carne que é tanto o objetivoquanto o caminho da vida espiritual. Aqueles que não partiram de Gilgal nuncaderam início, de fato, à jornada espiritual. Aquelesque não aprenderam a negar a carne não sabem oque é a vida espiritual. Esses indivíduos podem serzelosos nas boas obras, e é possível que até sesintam felizes ao realizá-las, mas não compreendema verdadeira vida espiritual.

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