terça-feira, 17 de abril de 2012

ENTENDENDO O LIVRO DO PROFETA AMÓS

 

CAPITULOS 1 E 2


DEUS  promete castigos a diversas nações devido a sua impiedade e traição; e a Israel devido a sua deturpação e total infidelidade a sua lei e estatutos. A Judá e Israel DEUS promete punição especialmente por não o temerem e nem observarem seus feitos com os anos que a sua mão os livrara e eles não atentaram para isso e não O temerão.


Capitulos 3 e 4 



DEUS escolheu a Israel como seu único povo de toda a terra para lhe servir e ser santo, porém Israel negligencia isso vivendo dissolutamente andando em um mal e perverso caminho como as diversas nações  que não conheciam ao SENHOR, porém DEUS os trata conforme suas prevaricações mandando-lhes pragas, pestes, fome para assim chamar sua atenção para que se convertessem de todo o coração, pois DEUS já estava cansado de toda a sua vida aparente, pois tudo o que faziam para DEUS já não era mais de coração e sim uma coisa totalmente mecanizada; mesmos com seus sacrifícios, ofertas e dízimos eles ainda sim andavam em seus maus caminhos e não demonstravam qualquer tipo de arrependimento.
Então DEUS enviava seus juízos para os repreender por sua rebelião; para que eles assim voltassem para DEUS, mais não houve quem desse ouvidos a tais coisas, até esse capitulo.  


Trazendo para os nossos dias


DEUS escolheu a Israel como seu único povo de toda a terra para lhe servir e ser santo, (Israel somos nós os crentes em Cristo JESUS nosso Senhor), porém Israel negligencia isso vivendo dissolutamente andando em um mal e perverso caminho como as diversas nações  que não conheciam ao SENHOR,( as diversas nações, são pessoas que não servem a JESUS), porém DEUS nos trata conforme nossas prevaricações permitindo diversas sortes de assolações, pragas, pestes e fome para assim chamar nossa atenção levando-nos assim ao arrependimento e através do mesmo a genuína conversão, pois DEUS está cansado da nossa vida aparente, pois nos dias de hoje tudo o que feito para DEUS, já não é de coração e sim uma coisa totalmente forçada mecanizada, pois mesmo você indo aos cultos para mostrar aos irmãos em sua volta que você é um genuíno cristão DEUS conhece o intimo de cada um. Então DEUS permite situações extremas em nossas vidas para que então nos convertamos a Ele, mais muitas das vezes não lhe damos ouvidos como o povo de Israel.
Então pensei comigo mesma: Será que Israel, assim como muitos crentes nos dias de hoje sabem que estão em pecado e desagradando a DEUS?
Então veio a mim a PALAVRA do SENHOR, dizendo:


No tempo do profeta Amós "A Lei estava lá para ser lida, aprendida e praticada." 


E hoje em nossos tempos sempre falo em minhas ministrações se você está com sua vida arrebentada e não sabe o porque e de repente DEUS te revela que você não está agradando-O, não se admire por isso e nem tente se justificar: "Ah, SENHOR eu não sabia"; pois o único responsável por sua vida é você mesmo; cabe a você orar e ler a PALAVRA DE DEUS, porque a Bíblia está aqui na terra para ser lida e não discutida.


Capitulo 5



Nesse capítulo DEUS o próprio DEUS convida seu povo ao arrependimento antes que ELE os consuma por completo. Aqui está o alge da mensagem do livro do profeta Amós " Buscai- me, e vivei" Am 5:4
Quem a DEUS busca viverá, DEUS não suportava mais a infidelidade do povo que nem seus louvores e suas  ofertas não recebia mais e já não tinha mais prazer em seus cultos e festas. Ou seja, para fazermos algo para DEUS e ELE assim nos receber temos que ter a vida no altar.
Algo que também chama muita atenção nesse capitulo do livro do profeta Amós é que DEUS vem avisando o seu povo sobre o Dia do SENHOR, onde haverá dor sobre dor, angustia, tribulação, desespero e não haverá alivio de nenhuma maneira, como é descrito nos versículos  18,19,20. Concluímos assim, que quando a PALAVRA de DEUS menciona a expressão "Dia do SENHOR" é o mesmo que dizer: " Dia do Juízo do SENHOR".


Capitulo 6 



Ao ler esse texto entende-se que DEUS está falando com pessoas ricas e presunçosas que comem e bebem do bom e do melhor e vivem no luxo, porém são impiedosas e não se comovem de forma nenhuma com a desgraça de outras pessoas. DEUS aqui diz ao povo que devido a sua mal conduta Ele os mandará para o cativeiro e já tem levantado um inimigo perverso e implacável para os oprimir.
Quando você vê pessoas se portarem exatamente como descreve o texto acima, (isso digo referente aos que se dizem crentes) não se entristeça, pois sua queda é certa como diz:" Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição." Sl 73:18 


Capitulo 7



Em visões DEUS mostra a Amós o profeta alguns tipos e formas de juízos pelos quais pretendia ter com seu povo, mas por duas vezes o profeta intercede pelo povo alegando a fragilidade do mesmo, então DEUS se arrepende e anuncia um terceiro juízo no qual se afastaria do seu povo e puniria o rei Jeroboão com morte. Ao ouvir tal sentença proferida pela boca do profeta o sacerdote Amazias, se levanta contra o profeta denunciando-o ao rei, mandando-o calar-se e fugir, mais o profeta argumenta com o mesmo mostrando através de seu testemunho que DEUS escolhe a quem quer e fala como quiser e no final desse capítulo DEUS deixa claro que pune severamente todos aqueles que se levantam e opõe-se aos seus servos.


Capítulo 8



Devido a maldade, corrupção e total injustiça do seu povo que anda sem temor e já não tinham mais prazer em servir ao Senhor, DEUS promete afastar-se totalmente de seu povo de tal forma que não se ouviria mais falar de Sua Palavra e mesmo que andassem por todos os lados em sua procura não a achariam e todo o que falasse no nome de qualquer outro deus seria punido. 
Ou seja, devido a maldade, corrupção, injustiça e a falta de santidade do seu povo aqueles que se dizem crentes e não o são mais mentem, andam sem temor e não servem a DEUS de todo o seu coração, mais sim andam de aparência; DEUS diz que está para vir sobre a terra grande morte e esfriamento espiritual, que é o pior de todos os castigos para o ser humano, DEUS afastar-se totalmente de seu povo de tal forma que andaram de uma a outra parte para ouvir a genuína PALAVRA de DEUS e não a ouviram. Vivermos uma vida promiscua na presença de DEUS leva-nos a morte espiritual. Pensei comigo mesma novamente: " Será que DEUS se alegra em nos punir? Não DEUS, não se alegra em nos punir e muito menos em que vivamos em uma vida promiscua na Presença Dele e menos ainda em que morramos espiritualmente. Então por que Ele nos pune? Porque ELE é justo  (ler Romanos 7)
Uma ação traz uma reação, ou até diversas reações; o pecado gera a morte e a perdição. Rm 6:23a.


Capítulo 9 



Neste capítulo descreve-se  aniquilação total do povo que anda em rebeldia contra DEUS de forma que ninguém de nenhuma maneira escaparia, devido a seus pecados e prevaricações contra o SENHOR DEUS. Mais algo notável nesse texto DEUS promete que após quebrantar seu povo os restaurará e os abençoará tremendamente e os colocará de volta em sua própria terra.


Notas finais



Concluímos assim que no livro do profeta Amós é descrito punições e castigos a um povo injusto, infiel e rebelde, povo ao qual servir a DEUS se torna uma rotina e não um ato de adoração, servem a DEUS como quem agradam somente a homens esquecendo-se que DEUS é aquele que sonda a todos os corações, sendo assim o castigo é inevitável aos tais homens que enganam aos outros  e completamente a si mesmos, porém nunca, jamais enganarão a DEUS, pois DEUS jamais se deixa escarnecer, o juízo é certo. "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Gálatas 6:7
"A alma que pecar, essa morrerá"; Ez 18:4 b e 20a
Porém, após DEUS tratar dura e severamente com o seu povo aquele que se converter de todo o seu coração ELE restaurará a sua sorte como diz em Os 6:1c "Ele fez a ferida e a ligará.".  Lembrando somente àquele que se converter verdadeiramente.

Enviado e publicado por: Aline S. de Jesus

Do meu jeito ou de Deus?

CADA pessoa tem um jeito. É gente de todo tipo pra viver de todo o jeito.
Não é difícil perceber o jeito distinto de cada pessoa.
Você já conheceu pessoas com costumes estranhos?
- Gente que só bebe num único tipo de caneca
- Gente que canta no chuveiro;
- Gente que não usa desodorante;
- Gente que não gosta de tomar banho;
- Gente que não larga o smartphone;
- Gente que espirra e coloca no twitter/facebook “espirrei”;
- Gente que acha que canta afinado
- Gente que não joga o “velho” pijama fora
- Gente que fala muito alto ou muito baixo
- Gente que se considera médico e receita remédios
para todo mundo;
- Gente que não para de falar;
Qual o seu jeitão? Tem gente com um “jeitão” tão forte que deseja um mundo do seu jeito.
Num mundo como o nosso, onde quase tudo é “ao gosto” do freguês. O que vemos é a procura cada vez maior por “igrejas” que sejam cada vez mais do nosso jeito. É a religião ao gosto do freguês.
Existe Deus ao gosto do freguês?
Que tipo de Deus você procura?
Que tipo de Deus você serve?
I. Você procura um Deus do seu JEITO?
“E o homem, em seu orgulho, criou Deus, a sua imagem e semelhança”.
(Friedrich Nietzsche)
O tipo de deus que a maioria das pessoas procura:
- deus que realiza desejos instantaneamente (como o gênio da lâmpada)
- deus que faz dos seu poder um show para provar sua soberania
- deus que tem compromisso apenas no conforto das pessoas
- deus que fala somente o que se gosta de ouvir
A postura dessas pessoas com relação a Deus é: “Se você não me decepcionar (meus desejos egoístas) eu creio em você”.
O que faz Deus ser Deus é que Ele não está preso aos nossos conceitos e ao nosso senso de justiça. O que faz Deus ser Deus é que Ele não é nosso empregado ou escravo, que existe em função dos nossos desejos e prazeres. Nós é que precisamos Dele, e não Ele de nós.
Na mitologia grega podemos ver bem de perto o que significa criar um deus que satisfaça o nosso jeito de ser. Veja que para Homero, Zeus (deus na mitologia) era “imaginado” de duas maneiras diferentes. É representado como o deus da justiça e da misericórdia, o protetor dos fracos e o punidor do mau. Como marido de sua irmã Hera, ele é o pai de Ares, o deus da guerra; Hebe, a deusa da juventude; Hefaísto, o deus do fogo; e Ilíthia, deusa do parto. Ao mesmo tempo, Zeus é “descrito” como um deus que se apaixona por uma mulher a cada instante e usando de todos os artifícios para esconder sua infidelidade da esposa. Os relatos de suas travessuras eram numerosos na mitologia antiga, e muitos de seus filhos eram o produto de seus casos de amor tanto com deusas quanto com mulheres mortais.
É esse tipo de Deus que você procura?
II – Um Deus que é do seu jeito, não serve para ser o seu Deus!
O Deus verdadeiro…
– Responde a quem O busca com fé e sinceridade.
– Fala o que você precisa e não o que você quer ouvir.
– Está mais interessado no seu crescimento do que no seu conforto.
– Tudo o que Ele faz é bom.
– Exige sua fé e rendição completa (não negocia com você).
– Sempre mostra que Ele sabe o que faz.
Conheça um pouco mais sobre a história do povo que “sobrou” em Israel, quando a cidade foi invadida e tomada pela Babilônia no tempo do profeta Jeremias:
- O povo já tinha percebido que Deus tinha falado e eles não tinham ouvido, por isso, estavam em uma situação difícil. Assim decidiram procurar a direção de Deus;
- Eles procuraram Jeremias pedindo que ele buscasse a Deus e trouxesse a resposta. Eles criam que Deus ainda falava, que Deus respondia, que Deus daria uma direção.
- Jeremias revelou o caráter de Deus, não agiu com rancor e vingança, Ele se dispôs a buscar a Deus mais uma vez em favor do povo, que tinha um histórico de desobediência e rebeldia;
- Deus respondeu ao que o povo pediu: “para onde devemos ir e o que devemos fazer”. A resposta foi: fiquem, não vão para o Egito.
- Diante da resposta, eles já tinham um plano sobre o que fazer, e por isso rejeitam a voz de Deus. (Tinham medo de ficar em Israel e queriam encontrar abrigo no Egito);
Essa história está narrada por completo em Jeremias. 42.1-12.

Gênesis capítulo 16



Gn.16:1e2 – “Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai”. Podemos ver aqui, a impaciência de Sara, mostrando um coração que prefere tudo e qualquer coisa a ter que esperar com paciência e resignação pela promessa do Senhor. Em Hebreus 6: 12, temos a seguinte exortação: “......Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas”. Vivemos em mundo de imediatismo e grande pressa, sempre que alguém tem de esperar por alguma promessa de dinheiro ou recompensa, ele logo pensará em receber com juros, se houver atraso; mas na vida de fé, as coisas não funcionam assim, pelo contrário, aquele que possui um espírito subjugado e paciente encontra seu pleno galardão em esperar em Deus o cumprimento de tudo aquilo que Ele prometeu. O que Ele nos dá é sempre o melhor para nosso crescimento e amadurecimento espiritual.
O que Sara estava dizendo de forma inconsciente é: “O Senhor faltou-me; vou usar a minha criada egípcia como recurso para cumprir a promessa de Deus”. Tudo serve, menos Deus, para um coração que está debaixo da incredulidade. Quando agimos desta forma, perdemos a condição calma e equilibrada de uma alma que espera em Deus e lançamos mãos do “uso dos meios” para atingir o fim desejado.
Porém, é algo terrível a amargo afastarmo-nos do lugar de absoluta dependência de Deus. As conseqüências são desastrosas. Se Sara tivesse dito: “a natureza me faltou, mas Deus é meu recurso”, tudo teria sido muito diferente. Sara não olhava para Deus, olhava para a natureza e para “os meios”, se seu ventre estava amortecido, então buscou o ventre de uma jovem egípcia que possuía os recursos naturais para gerar o descendente de Abraão. Assim, com a ajuda da natureza, da carne e dos “meios” humanos, ela pensava estar prestando grande ajuda ao Deus que prometera o sucessor. Não devemos pensar que aqueles que andam pela fé devem, simplesmente, desprezar os meios da natureza, não, antes, a fé aprecia os instrumentos, não por si mesmos, mas por causa d’Aquele que os usa. A incredulidade vê apenas o instrumento e julga o sucesso de uma causa pela sua aparente eficiência. A fé olha para o Deus que usa os instrumentos não importando sua aparente inutilidade. A falta de fé fez com que Sara olhasse para a juventude da escrava ao invés de esperar em Deus. Olhou para o potencial da carne ao invés de esperar na Graça d’Aquele que fez a promessa. Considerou que podia ajudar a Deus pelo esforço da carne humana e, por fim, descobriu, com clareza, que “Deus, não apenas rejeita aqueles que fazem coisas que não O agradam; mas Ele também rejeitará até mesmo aqueles que fazem coisas agradáveis a Ele, porém as fazem de acordo consigo mesmos” (Watchman Nee). Não basta fazer coisas para Deus, nós temos que fazer coisas para Deus, do jeito de Deus, jamais do nosso próprio jeito, esforço ou criatividade. Como bem disse o Senhor a Moisés: “Atenta pois que o faças conforme o seu modelo.....” (Ex.25:40). Todo homem precisa compreender que não há espaço para criatividade humana e carnal na verdadeira “ceara do Senhor”, pois somente Ele Reina e distribui ordens e funções conforme a Sua Palavra. Precisamos atentar para uma grande verdade: “Existe uma grande diferença entre o emprego que Deus faz dos meios para me servir na obra, e o emprego que eu faço destes mesmo meios para excluir Deus da obra”. É preciso atentar para isso neste tempo de tantos “meios e recursos” para a Igreja do Senhor!
Gn.16:3e4 – “Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã. E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos”. Ora, era evidente que Agar não era o instrumento eleito de Deus para cumprir a promessa feita à Abraão. Assim, logo se iniciaram as conseqüências da precipitação carnal, Agar passou a desprezar Sara quando viu ter concebido. Assim, Abraão e Sara “multiplicaram a sua dor” após ter lançado mão do recurso de Agar.
Gn.16:5 - “Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti”. Sara ainda não possuía clareza do seu pecado e nem da forma de lidar com suas conseqüências, desta maneira, lança sobre Abraão a culpa de sua proposta. Esta não deve ser a forma que devemos lidar com nossas falhas e pecados. Gn.16:6 - “E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face”. Sara queria se livrar do pecado e de suas conseqüências através da dureza e dos maus tratos, mas isso apenas agravava as coisas. Ela precisava aprender a se humilhar perante a poderosa mão de Deus e esperar pelo tratamento que Ele concede ao pecador penitente. Sara precisava enxergar o seu pecado para então ser tratada por Deus. Gn.18:15 – “E Sara negou, dizendo: Não me ri; porquanto temeu. E ele disse: Não digas isso, porque te riste”. Aqui, no capítulo 18, vemos Sara ainda aprendendo acerca do assumir, confessar e deixar o pecado; Deus nunca desiste de ensinar e disciplinar Seus filhos amados.
Gn.16:7a12 – Aqui podemos ver que o Anjo do Senhor encontra-se com Agar e diz a ela para se humilhar perante sua senhora, pois ambas estavam debaixo do tratamento de Deus e não seriam desamparadas pelo Senhor. Agar teria, em seu filho, muitas alegrias e uma numerosa descendência e, também, um símbolo eterno daquilo que a carne realiza quando se propõe a ajudar na Obra de Deus. Assim, para que possamos compreender o aspecto doutrinário deste capítulo, precisamos olhar para a Epístola de Paulo à Igreja da Galácia:
Gl.4:22a25 – “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos”. Este texto nos mostra que, aos olhos de Deus, há um claro contraste entre as obras da carne, que geram filhos para a escravidão e a obra feita na Promessa de Deus, que gera filhos para a liberdade. A característica da obra segundo a carne é que ela representa o esforço humano afim de fazer, ou não, a obra de Deus, a obra fica na dependência da capacidade humana; e diz a Palavra: “O homem que fizer estas coisas, por elas viverá” (Gal.3:12). Mas o concerto de Sara revela Deus como O Realizador da promessa, inteiramente independente do homem, baseada apenas na Capacidade, Vontade e Bondade de Deus.
Quando Deus faz uma promessa, não é necessário esforço da natureza humana para cumpri-la......, Deus a realizará, independente das circunstancias. Deixar de crer na promessa de Deus, ainda que Ele pareça demorado a realizá-la (afinal, Abraão já estava a 10 anos habitando em Canaã, terra da promessa - Gn.16:3) é uma terrível prova de incredulidade; “Não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade deles” (Mt.13:58).
Precisamos compreender qual foi o erro ocorrido na Igreja da Galácia. Porque o apóstolo Paula compara a atitude deles com a atitude de Abraão com Agar? A razão é bem simples, eles estavam tentando ACRESCENTAR alguma coisa da natureza humana, algumas coisas das obras da carne àquilo que Cristo já havia realizado por eles na Cruz. Jesus havia sido apresentado perante eles como crucificado (Gl.3:1). Isto era uma promessa divina gloriosamente consumada. Cristo crucificado correspondia perfeitamente tanto às exigências de Deus como às necessidades do homem. Porém os falsos mestres diziam: “....se não vos circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos” (At.15:1). Isto, como disse Paulo, era tornar Cristo sem nenhum efeito (Gl.5:2).
Cristo deve, no entanto, ser o Único Salvador, ou não é Salvador em Absoluto. Logo que alguém diz, “se não fizerdes isto ou aquilo não podeis salvar-vos” subverte e anula o evangelho. Porque no evangelho vejo Deus descendo para salvar completamente o pecador perdido e culpado sem que este tenha qualquer mérito ou capacidade de auto ajudar-se. A salvação é perfeita e completamente consumada na Graça e dependência da Cruz, a carne humana em nada pode contribuir, mas Deus faz a obra completa na Sua promessa e realização. Por isso, se alguém diz que tenho que praticar esta ou aquela obra da Lei para ser salvo, rouba à Cruz toda sua glória. A paz do evangelho não se assenta em parte na obra de Cristo e em parte na obra do homem; Não! Ela descansa inteiramente na Obra de Cristo.
Precisamos compreender que, debaixo da Lei, Deus de fato ficou em silêncio observando o que o homem podia fazer por si mesmo, tentando, pela sua capacidade carnal, cumprir a Lei. Desta forma lemos: “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei, estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las. E é evidente que pela Lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da Fé” (Gl.3:10e11). Este texto nos esclarece que para salvar-se o homem deveria cumprir toda a Lei, no entanto, Rom3:10e20 nos diz que ninguém pode ser justificado pela Lei porque por ela vem o conhecimento do pecado e ninguém consegue cumpri-la na íntegra. Desta forma entendemos que, mesmo no velho testamento, ninguém foi salvo por obras da Lei, mas pela promessa de Deus no Salvador Jesus Cristo. Por isso, lemos em Hb.11:39e40 – “E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”. “Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus”.... “Mas este (Jesus), porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb.7:18,19,24,24). Sem as obras da Lei, porque: “Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hb.8:13). “E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna” (Hb.9:15). Mesmo os Santos do Antigo Testamento foram salvos pelo Sacrifício de Jesus que a todos aperfeiçoou, porque eles aguardavam também, pela fé, a consumação desta promessa de Deus!
Precisamos compreender, qual era então a heresia dos Gálatas que levou Paulo a Dizer: “Cristo de nada vos aproveitará......vós, os que vos justificais pela Lei: Da graça tendes caído” (Gl.5:2e4). Parece que entre os Gálatas haviam novidades doutrinárias, Paulo diz: “Maravilho-me......, quem vos fascinou?..... Receio de vós......eu queria que fossem cortados aquele que vos andam inquietando” (Gl.1:6; 3:1; 4:11; 5:12). Parece que havia pessoas, na Igreja da Galácia, que haviam recebido novas doutrinas e ensinos de anjos (Gl.1:6a8). Parece que esses novos ensinos diziam que o homem deveria ajudar na Salvação de Deus cumprindo preceitos da Lei de Moisés, tais como: “abstinência de certos alimentos” (ITim.4:3), “a guarda de dias e festas” judaicas (Col.2:16) e finalmente a circuncisão característica do povo Judeu (Gl.5:2). Todas essas coisas: “Não toques, não proves, não manuseies. As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrina dos homens; As quais têm, na verdade, aparência de sabedoria, religiosidade, santidade, devoção voluntária, humildade e disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (Col.2:21a23). Paulo se opõe terminantemente a esta mistura de Lei com Graça para obtenção de uma suposta santidade superior. Ele diz: “Comei tudo de que se vende no açougue” (ICor.10:25). E o Senhor Jesus ensina: “Porque não é o que entra pela boca que contamina o homem e sim que sai dela” (Mt.15:11). Como seria fútil e legalista um cristão adotar a leis dietéticas da Torah e colocar-se debaixo de parte da Lei quando nem os Judeus puderam cumpri-la em totalidade, como disse Pedro: “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?” (At.15:10).
Paulo conclui seu argumento explicando que a promessa da Salvação não pode ser ajudada por obras da Lei pois, na Lei, o homem trabalha por seu próprio esforço e, se o homem tiver alguma coisa a ver com o assunto, DEUS É POSTO DE LADO; e se Deus é posto de parte, não pode haver salvação, pois é impossível que o homem possa operar a sua salvação por meio daquilo que prova ser ele uma criatura perdida (pois a Lei aponta a incapacidade do homem em obedecer à perfeição de Deus). Por outro lado, se a salvação é uma questão de graça, então deve ser tudo graça. Não pode ser metade Graça e metade Lei. Os dois concertos são perfeitamente distintos. Não pode ser Agar e Sara. Tem de ser uma ou outra. Se for Agar, Deus nada tem que ver com isso; se for Sara, o homem nada tem que ver com isso. É assim inteiramente. A Lei fala ao homem, prova-o, vê o que ele vale realmente, declara-o em ruína, e deixa-o debaixo da maldição; e não somente o coloca debaixo da maldição, mas conserva-o ali, por todo o tempo que ESTIVER OCUPADO COM ELA – enquanto vive. “A Lei tem domínio sobre o homem em todo o tempo que vive” (Rm.7:1); porém, morto o homem o seu domínio cessa, necessariamente, tanto quanto lhe diz respeito, não obstante estar em vigor para amaldiçoar todo homem que vive. Mas nós morremos crucificados com Cristo (Rm.6:4a8), estamos “mortos para a Lei pelo Corpo de Cristo” (Rm.7:4).
Os Gálatas, à semelhança de Abraão neste capítulo, estavam afastando-se de Deus, e voltando para a carne. Qual é o remédio para isto? Cair da Graça é voltar para debaixo da Lei, da qual nada se pode obter senão “a maldição”. Quero observar que, assim como os gálatas tiveram mestres falando com anjos e ensinando doutrinas que os faziam voltar para os preceitos da Lei, em nossos dias estes mesmo ensinos podem ocorrer, precisamos estar atentos. Ou seguimos o ensino Bíblico por completo, ou não somos o povo da Palavra de Deus. É comum surgirem falsos mestres para perturbar a Igreja, Vejamos um exemplo: O Senhor Jesus disse acerca de Sua vinda: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc.13:32). Ele afirma que nem mesmo Ele, Jesus, sabe o Dia da Sua Parousia, ou seja, da Sua volta a terra. O que nós diríamos se aparecesse um homem dizendo que sabe o Dia da volta de Jesus, um homem que diz saber mais que o próprio Jesus. É triste que muitos falsos profetas têm surgido na história da Igreja falando sobre o grande advento e marcando datas, passando sobre a Bíblia, debochando da Palavra e ainda assim, encontram pessoas para os seguirem e a seus falsos ensinos. Precisamos estar atentos, os Gálata queriam voltar aos rudimentos da Lei, eles tinham seus falsos mestres e Paulo afirma com clareza e firmeza: “SEPARADOS estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da graça tendes caído........ Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gl.5:4e9). Nenhum pouco da falsa doutrina, ou do fermento (mistura de Lei com Graça), pode ser admitido na Igreja de Deus. Que o Senhor nos guarde de tamanha abominação.
Gn.16:15e16: “Agar deu a luz um filho a Abrão...” podemos ver que o filho da escrava, o filho da carne, não foi impedido de nascer, ele também teve o seu lugar ao sol. Ele jamais fez parte da promessa da benção de Abraão, da salvação para todos os povos, mas ele nasceu, ele cresceu, ele foi feito uma grande nação, uma grande nação de povos contrários e inimigos do povo de Deus: “Ele será homem feroz, e a sua mão será CONTRA todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos” (Gn.16:12). Aqui, nesta profecia Bíblica, entendemos que os descendentes de Ismael (árabes), filho da Egípcia Agar, estarão sempre diante dos Filhos de Sara (Israel), pois os árabes serão sempre inimigos confrontando Israel através de guerras e perseguições e, também, confrontando a Igreja de Deus (descendência espiritual de Abraão) através do Islamismo, que é a religião que mais tem perseguido e matado os cristãos nos dias atuais. A grande questão é: E quanto a nós, somos descendentes de Sara ou de Agar, somos da Lei, ou somos da Graça? Que esta dúvida jamais sobrecarregue os nossos corações fazendo-nos cair do favor imerecido e maravilhoso de Nosso Deus!

 Texto enviado por: Acyr Godoy

Gênesis capítulo 15

  

             Gn.15:1- Este capítulo se inicia com a frase: “Depois destas coisas veio a Palavra do Senhor à Abrão.....” É fácil notarmos que há uma clara continuidade da narrativa do capítulo 14. É possível que após a guerra contra os quatro reis e a forma, até mesmo insolente e inadequada com que Abrão, simplesmente rejeitou a oferta do rei de Sodoma, ele estivesse ponderando se havia agido corretamente quando recusou os bens e até mesmo qualquer forma de amizade e honraria que pudesse vir desse rei. Não teria sido um exagero por parte da Abrao tamanha renúncia. Que ele poderia fazer agora se os quatro reis por ele derrotados se unissem com o rei de Sodoma e todos viessem tomar vingança de sua insolência, sendo ele apenas um camponês, sem muralhas que o protegessem nos campos abertos onde pastavam seus rebanhos sob os carvalhaes de Manre?
            É em meio a todos estes pensamentos que ele ouve a Palavra do Senhor “dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”. Nenhuma flecha do inimigo pode penetrar o escudo que protege o crente mais fraco em Jesus.
            Gn.15:2a6- “Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro”. Abrão sabia que sua semente herdaria a terra (Gn.13:15), e pensava que filiação e sucessão acham-se inseparavelmente ligadas na mente de Deus. Assim, o Herdeiro precisava ser, também, Filho. Como vemos em Tiago1:18- “segundo a Sua Vontade, Ele nos gerou”. Ser gerado em Deus, ser filho de Deus, nos habilita para o Reino, para a herança. Abrão pensava neste princípio e desejava ardentemente um filho. Mas seu corpo estava amortecido e também o de Sara, sua esposa. Então o Senhor da vida e da morte, Aquele que chama à existência as coisas que não são, fala a Abrão dizendo: “mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro”.
            Gn.15:6 – “E creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto por justiça”. Abrão creu no fato de ter Deus poder sobre a morte, poder para ressuscitar e trazer vida onde já a morte reinava e as células se degeneravam pelo avançar dos anos e da idade. Sara poderia conceber vida em seu ventre morto! “Deus não é Deus dos mortos mas dos vivos” (Mt.22:32), por estar o homem debaixo do poder da morte e sob o domínio do pecado, não pode conhecer a posição de filho. Assim, só Deus pode conceder a adoção de filhos pelo poder do Cristo Ressurreto que destrói o poder da morte. Nesta mesma fé, Abrão pode crer que haveria nova vida no ventre amortecido de Sara e isto lhe foi imputado por justiça, porquanto creu na vida de ressurreição do Filho de Deus que vence a morte, a sepultura e o pecado. Rm.3:23e24- “Ora, não só por causa dele (Abrão) está escrito, que lhe fosse tomado em conta (a fé na ressurreição), mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor”. Esta fé, será também, a nossa justiça e justificação diante do Deus vivo, pois é através dessa fé que somos recriados à imagem de nosso Bendito Salvador quando nascemos de novo da água e do Espírito (Joao3:5) e passamos da morte para a Vida. A Vida de Ressurreição em Cristo Jesus Nosso Senhor.
            Gn.15:7 – “......Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la”. Vemos aqui a grande questão do direito de sucessão, o direito à herança dada aos filhos. Paulo diz aos Romanos8:17 -  “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso de glória muito excelente”(IICor.4:17). Não há dúvidas que os herdeiros participam da promessa e, também, das aflições da jornada. É uma grande honra para os discípulos beberem do mesmo cálix amargo do qual bebeu o mestre, participar do mesmo batismo de fogo de tal forma que assim como O Herdeiro, os co-herdeiros alcancem a promessa pelo caminho do sofrimento. A terra foi prometida à descendência de Abraão, mas não sem antes ter ele sido avisado que : “Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos”(Gn15:13).
            Nós não podemos participar dos sofrimentos de Cristo no que concerne à ira de Deus, pois este cálix  Ele bebeu sozinho, mas quanto à rejeição dos homens, à todo o discípulo é dito: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, mas também padecer por Ele”(Fil.1:29). Um crente jamais deverá buscar o sofrimento através de legalismos e regras humanas, tentando fazer-se mais cristão por obras e regras da Lei. Não, antes, quando verdadeiramente amamos a Cristo, nos aproximamos Dele, somos rejeitados e escarnecidos pelo mundo da mesma forma que Ele foi, sem que nós jamais venhamos a buscar isso, pois neste caso, não teria “valor algum a não ser para a satisfação da carne”.
            Por outro lado, certifiquemo-nos de que não estamos com medo do cálice e batismo do Senhor. Não devemos professar possuir os benefícios que a cruz nos garante, enquanto recusamos a rejeição que essa cruz inclui. Podemos ter a certeza que o caminho para o Reino não é alumiado pelo brilho do sol do favor deste mundo, nem coberto com as rosas da sua prosperidade. Se um cristão progride no mundo, tem bons motivos para avaliar se esta mesmo na companhia do Cristo Bendito. Pois Ele disse: “Se alguém me serve, siga-me; e onde eu estiver ali estará também o meu servo”(Jo12:26). Qual foi o fim da carreira terrestre de Cristo? Foi uma posição elevada e de influência neste mundo? Ele encontrou o Seu lugar na cruz entre dois malfeitores condenados. “Mas”, dir-se-á “Deus estava em tudo isto”. Certamente; porém o homem estava nisto igualmente; e esta última verdade é que deve assegurar, inevitavelmente, a nossa rejeição pelo mundo, se tão somente andarmos em companhia de Cristo. A companhia que nos leva ao céu lança-nos para fora desta terra. E falar daquela verdade enquanto se desconhece esta, é prova de que alguma coisa esta errada.
Gn.15:13a17 – “E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele. Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado.
E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.
            A história de Israel é toda resumida nestas duas figuras, o “forno” e a “tocha de fogo”. Aquele mostra-nos os períodos da sua história nos quais foram levados a sofrimento e provações; como, por exemplo, o longo período da escravidão do Egito, a sua sujeição aos reis de Canaã, o cativeiro babilônico e a sua dispersão presente e a condição de exilados (antes de formação do estado de Israel na palestina). Durante todo este período de sua história, pode-se dizer que estavam passando pelo forno de fumaça (Dt.4:20; IRs8:51; Is48:10).   
            Em seguida, na tocha de fogo, temos aquelas fases na história de Israel cheia dos acontecimentos e que o Senhor veio em seu socorro, tais como a libertação do Egito, por mão de Moisés; a sua libertação dos reis de Canaã, por meio do ministério dos juízes; o regresso de Babilônia por meio do decreto de Ciro; e a sua libertação final quando Cristo aparecer em glória para libertá-los do poder do anti-cristo e seu exército. A herança tem de ser alcançada pelo forno, e quanto mais negro for o fumo do forno, tanto mais brilhante e alegre será a tocha da salvação de Deus.
            Este princípio de tratamento e polimento de caráter aplicado por nosso Deus, não é apenas direcionado ao povo como um todo, mas individualmente da formação de cada servo. Podemos ver o forno em ação na vida de todos os grandes heróis da fé antes que viesse o prazer da tocha. “Grande espanto e grande escuridão” passaram pelo espírito de Abraão. Jacó teve de passar 20 anos de trabalhos penosos na casa de Labão. José achou o seu forno de aflição nas prisões do Egito. Moisés passou 40 anos no deserto. Assim te que ser com todos os servos de Deus. Primeiro têm que ser “experimentados”, para que, sendo tidos “por fiéis”, possam ser “postos no ministério”. O princípio de Deus, com respeito àqueles que O servem, é revelado nas palavras de Paulo, “não neófito, para que ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo”(ITim.3:6).
            Precisamos compreender algo de suma importância: Uma coisa é ser filho de Deus, e outra completamente diferente e complementar é ser um servo de Cristo. Eu posso amar muito o meu filho, contudo, se o ponho para trabalhar no meu jardim, ele pode fazer mais mal do que bem. Porquê? É porque não é meu filho querido?? Não, mas porque não é um servo experimentado. Isto faz toda a diferença. Parentesco e trabalho são coisas distintas. É um fato que o serviço público e a disciplina privada acham-se intimamente ligados nos caminhos de Deus. Aquele que mais se apresenta em público necessitará de um espírito moderado, juízo prudente, mente dominada e mortificada, vontade vencida e tom maduro, que são resultados belos e seguros da disciplina secreta de Deus (o forno íntimo do Senhor, o cadinho perfeito em que Ele refina a prata e queima o barro fazendo os mais belos vasos para Sua própria honra).
            Senhor Jesus, guarda os teus servos fracos muito perto da Tua Bendita Pessoa e na concavidade da Tua Mão! 


Enviado pelo irmão Acyr Godoy