quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Amor e a Ira de DEUS

Os pensamentos e as maneiras de Deus são superiores ao entendimento do homem (Jó 33:12; Is 55:8,9; I Co 1:25; I João 3:20). Entrando no assunto do amor e da ira de Deus encontramo-nos diante de imensos conceitos divinos que são insondáveis chegando a ser inescrutáveis (não pode ser medido) (Rm 11:33-36; Sal 77:19). O amor de Deus em Cristo “excede todo o entendimento” (Ef 3:19) e sobre a ira de Deus a Bíblia diz, “quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira?” (Na 1:6). A Bíblia declara que Deus é amor (I João 4:8,16) e com a mesma ênfase declara que Deus é fogo consumidor (Dt 4:24; Hb 12:29). Por não sermos como Deus (Sl 50:21; I Sam 16:7; Nm 23:19) quando procuramos entender Seus atributos, por necessidade, isso requer fé e temor.

A Bíblia declara que Deus é Espírito (João 4:24), luz (I João 1:5) e amor (I João 4:8,16). Por Deus ser o que é, todos os atributos da divindade são influenciados e equilibrados. Nenhum atributo pode ser separado dos demais. Portanto, é necessário estudarmos cada atributo a luz dos outros. Para entendermos o equilíbrio entre o amor e a ira de Deus, temos que estudar cada um. A forma como os atributos se mesclam será vista uma vez que entendamos cada um separadamente.
O AMOR DE DEUS
1. Não é influenciado (Dt 7:7,8; II Tim 1:9). Dizer que o amor de Deus não é influenciado significa que nada nos amados atraiu o amor expressado por Deus. O amor de Deus é livre, espontâneo e sem algo nos sujeitos que O faça amá-los (I João 4:10,19).
2. É eterno (Jr 31:3; Ef 1:4,5). E por Deus ser um Ser eterno, Seu amor também é eterno. Isso conforta os amados, pois não tendo começo, não terá fim (Sal 90:2).
3. É soberano (Rm 9:15; Dt 32:39). Por Deus ser um Ser soberano Seu amor também o é. Na verdade Deus não tem obrigação para com ninguém (Rm 9:20,21; Dan 4:35). Se Deus, em todo o demais, opera segundo o beneplácito da Sua vontade (Ef 1:11), Ele opera com o Seu amor de igual forma (Rm 9:13; Ef 1:4,5).
4. É infinito (Ef 3:19). Deus é infinito na Sua natureza e só pode refletir tal atributo em Suas outras qualidades. As Escrituras Sagradas, dadas pela inspiração, têm dificuldade, pela limitação da linguagem por escrito, ao expressar todo o amor de Deus. Palavras como “tal” (João 3:16) e “muito” (Ef 2:4) são usadas na comunicação até o ponto em que a linguagem escrita pode expressar o amor infinito de Deus. É necessário fé para que se possa conhecer Deus pois as Suas qualidades são superiores ao entendimento finito do homem (Sal 147:5). Para ter um exemplo do amor infinito de Deus considera-se a quem tal amor é estendido (Rm 5:8).
5. É imutável (Cantares de Salomão 8:6,7). Por Deus ser imutável (Tiago 1:17), os Seus atributos também o são. O exemplo da imutabilidade do Seu amor é visto por nada poder separá-LO dos Seus amados (Rm 8:35-39).
6. É Santo (Rm 5:21). Deus é santo na Sua pessoa (Lv 11:44; I Sam 2:2), em todas as Suas obras (Sal 145:17) e por necessidade isso inclui o Seu amor. O amor de Deus não é subordinado à paixão ou qualquer outro sentimento, mas pela santidade. A Bíblia diz primeiramente que Deus é Luz (I João 1:5) e após diz que Deus também é amor (I João 4:8,16). A santidade é quem faz o amor de Deus temível. Por Sua santidade o crente é corrigido (Hb 12:5) e o ímpio é castigado (Êx. 34:7; Ap 20:12-15).
7. É gracioso (João 3:16; I João 4:9). O amor pede uma expressão, e, a sua expressão é favor ou graça. Essa expressão da graça vê-se quando entendemos o alvo do amor e o resultado de tal amor (Rm 8:35-39). A maior expressão do amor de Deus é Cristo (I João 4:9). Por ter dado Cristo sabemos que Ele não deixará faltar algo para os Seus (Rm 8:32).
A importância desse amor não é vista apenas na salvação do pecador. Os santos se reconhecem pelo amor (I João 4:7,8,12,16,20,21). A obediência é estimulada pelo amor (João 14:15; 15:9-14). No dia do juízo teremos confiança devido ao amor (I João 4:17,18), pelo qual somos aperfeiçoados (I João 4:18).
A IRA DE DEUS
O amor de Deus e a Sua ira freqüentemente andam juntos (Num 14:18; Rm 11:22; Heb 12:5) e verdadeiramente a ira de Deus é uma expressão do Seu amor (Sal 136:14-21). Se Deus não tivesse ira os Seus atributos seriam falhos. Se não houvesse a ira de Deus, Ele seria indiferente ao pecado, mostraria uma ausência de morais e aceitaria tolices e corrupção. Por Deus ser puro, necessariamente, Ele precisa odiar o que é impuro (A. W. Pink).
Não é apenas Deus quem se ira em conseqüência do Seu amor, mas o homem também faz dessa maneira (Pv 13:24).
Uma definição da ira de Deus é a Sua santidade contra o pecado (Num 14:18). A própria ira de Deus testifica a Sua santidade (Sal 89:35 – por Ele jurar na Sua santidade, os inimigos de Davi foram castigados; Sal 95:11 – por Deus ser santo, os desobedientes à Sua Palavra foram mortos no deserto). O amor de Cristo é descrito sendo além de todo o entendimento (Efés 3:19), mas a Sua ira é derramada na tribulação (Apoc 6:16).

Benefícios da Ira de Deus

1. Revela a imundícia do pecado. Devido a hediondez do próprio pecado o eterno Deus crucificou o Seu unigênito e amado Jesus Cristo (Rm 5:8).
2. Provoca o crescimento no temor a Deus (Luc 12:5; Heb 12:28,29).
3. Incita louvor a justiça de Deus (I Tes 1:10; Ap 19:11).
4. Estimula a evangelização aos que estão sem Cristo (II Cor 5:11).
5. Confirma a fé dos justos (Sal 58:10,11).
6. Traz glória a Deus por intermédio de Jesus Cristo (Fl. 2:0,11).
Deus opera todas as coisas com a finalidade de receber toda a glória (Rm 11:36). A redenção traz glória a Deus através de Jesus Cristo. Só precisaria redenção se houvesse um preço a ser pago pelo pecado. Em Jesus Cristo a justiça e a paz se beijaram (Sal 85:10) com Deus derramando toda a Sua justa ira sobre Quem amava mais.

Você está glorificando a Deus por Jesus Cristo? Se você não está glorificando a Deus por Cristo, glorificará pela ira de Deus sendo derramada sobre a sua alma pela eternidade.
Conheça a bênção de glorificar a Deus pela vida e não pela morte.

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