Agora devo encerrar, mas primeiro permita-me perguntar: Qual é o assunto mais importante de tudo isso? Podemos nós trazer tudo o que dissemos, e tudo quanto pode ser dito, sintetizando-o em algo que esteja incluído e compreendido em apenas um único assunto? Podemos, e embora eu não saiba a respeito de você (você pode ter as mesmas dúvidas que eu sobre algumas traduções, novas traduções do Novo Testamento), mas eu realmente agradeço a Deus por esta versão Amplificada. Sim, porque neste ponto específico ela tem ajudado.
Como você vê, eu estudei teologia. Estudei a Doutrina Cristã. Conheço as doutrinas da Graça. Conheço as Cartas aos Romanos. Penso que conheço: de qualquer forma, estou muito bem familiarizado com aquilo que lá está, e do que os teólogos e doutrinadores têm dito a respeito. E quando você menciona a carta aos Romanos, naturalmente, Lutero e todo o resto nos vêm à mente com suas frases: “justificados pela fé,” —“justificados ... pela fé” Oh, eu digo a vocês, amigos, a teologia me torna uma pessoa fria. Isto pode não acontecer com você. Pode significar mais pra você, mas para mim, como alguém que tem lidado com toda essa teologia e sistema doutrinário do Cristianismo, e assim por diante, é algo terrivelmente cansativo. A teologia é algo bastante cansativa, você sabe, (uma coisa morta, eu penso), mas aqui esta versão Amplificada chegou para me resgatar.
Quando eu ouvi e li a palavra “justiça,” o que ela significava? Bem, no Velho Testamento, o símbolo de justiça é o bronze. Bronze? Oh, quão duro é o bronze, eu não estou interessado em “bronze”. Você está acompanhando o que estou querendo dizer? E isso é o que esta palavra veio a significar para mim, até mesmo no Novo Testamento. Oh, um glorioso ensino, mas eu não estou falando sobre o ensino, estou falando a respeito da fraseologia, da terminologia. O que está representado lá? Agora aqui, minha versão Amplificada me resgatou. Oh, estou muito satisfeito com esta luz, cada dia agora me regozijando nisto. O que esta versão diz? Onde quer que a palavra “justiça” ou “justificado” apareça nessa versão, você tem: “Direito de permanecer com Deus.” Isto descarta sua teologia. É isso..
O direito de permanecer com Deus tem sido a busca da humanidade desde o princípio. Não importa aonde você vá no mais escuro paganismo, entre os mais ignorantes, nos campos menos iluminados da humanidade, através de todas as camadas, uma coisa, possa o homem colocá-lo em palavras ou não, seja em vocabulário ou fraseologia, uma coisa que todo ser humano procura bem lá no íntimo é ter o direito de permanecer com Deus. Todas essas cerimônias proibidas, sacrifícios, rituais, afinal de contas, eles estão tentando encontrar uma maneira de ter direito de ficar com, bem, eles dizem: “Deus”, muito embora eles não tenham a concepção correta de quem seja Deus, ou o que é Deus. “a quem vós adorais sem saber”, disse Paulo, “Ele (O DEUS DESCONHECIDO), é a quem eu vos anuncio.”
Eu me lembro que, bem no início de minha vida cristã, li um livro monumental, do Professor Edward Caird “História da Religião e as Filosofias Gregas”. [Não faça o mesmo, eu quase “entrei em parafuso”] Mas, nesse ‘magnum opus’ [grande obra], Caird concentrou todo livro numa afirmação: “Não há um ser humano sobre esta terra, seja qual for a raça, que não tenha uma consciência estar numa posição em relação a um objeto de adoração supremo, a quem chama de deus”. É isso verdade? É claro que é. Toda pessoa tem uma consciência de estar numa relação com um supremo objeto de reverência, e ele chama esse objeto de “deus”. Ele não sabe nada a respeito desse objeto, mas ele simplesmente o chama de deus. Então aqui estamos, a busca da humanidade através da história, tenha ou não o homem uma maior ou menor iluminação ou compreensão, tenha o homem pouca, nenhuma, ou muita iluminação e compreensão, a busca interior é ter uma boa relação com esse objeto chamado deus, de estar no direito de permanecer com Ele.
Agora devemos começar tudo novamente, no início de Hebreus. Aqui está Aquele, o Filho, e a maior coisa a respeito do Filho, a coisa gloriosa é que Ele tem o direito de permanecer com Deus. Tudo no passado foi uma tentativa de conseguir esse direito de permanecer com Deus, mas nunca foi possível, fracassou. Mas aqui está o Filho, o primeiro de todos, o Amado do Pai.“Meu Filho Amado.” Meus caros, poderíamos nós ter algum outro termo que expressasse mais gloriosamente o direito de permanecer com Deus?! Pense nisto. E, então, a carta prossegue dizendo: “trazendo muitos filhos à glória”; e todo o resto da carta, é o caminho do direito de permanecer com Deus no Filho.
Que gloriosa carta! Quão grande,completa e maravilhosa ela é! E isto é apenas o seu início. Iremos obter mais dela adiante, se o Senhor permitir, mas penso que você recebeu o suficiente por ora. Que o Senhor nos ajude, oremos ...
Oh, Senhor, envia-nos o Teu Espírito agora sobre cada pessoa aqui, para que Ele toque os nossos olhos, e nos faça ver. . Oh, Senhor, que o resultado desta hora em Tua Palavra seja, possa ser, que estas pessoas possam ser capacitadas a dizer, não mentalmente, mas no coração: “Vi o Senhor; de uma maneira nova e maravilhosa eu vi o Filho de Deus; vi o que Deus está fazendo”, e que nós sejamos capazes, Senhor, de compreender agora quem nós somos _ o novo e último Israel de Deus. Ensina-nos mais sobre o que isto significa, e coloca o Teu selo sobre esta hora.
Agora, Senhor, haverá um pequeno intervalo, e imediatamente quando esta reunião for encerrada, essas pessoas irão sair e irão conversar sobre todas estas coisas. Salva-nos, Senhor: todo este valor pode desaparecer em cinco minutos se não formos vigilantes em colocar um selo em nossos lábios, guardando a porta do nosso coração. Senhor, ajuda-nos, pois não estamos aqui apenas para nos reunir e para ouvir mensagens: estamos aqui em busca de crises de vida. Envia-as, Senhor, por Teu nome. Amem.
[na visão do autor, é por meio das crises que Deus nos envia que adquirimos experiência e conhecimento do Filho, pois a crise tem o papel de nos aniquilar, a fim de que Cristo seja manifestado. Achei por bem colocar esta observação. Comentário do tradutor]