sexta-feira, 6 de setembro de 2013

CAPÍTULO 1 – AS CRISES DOS NOSSOS TEMPOS

Lembramos, ó Senhor, de que está escrito:  Ele falou, e tudo foi feito; Ele ordenou, e tudo se estabeleceu”. Pelas palavras do Senhor os céus e a terra foram criados. Nossa oração, Senhor, é que Tu fales. Que a Tua Palavra seja o Teu ato. Não apenas palavras, Senhor, mas palavras de poder _ o Divino Decreto, pela Palavra tudo é feito. Que seja assim, nesse momento. No nome do Senhor Jesus, Amém.
O assunto que o Senhor colocou em meu coração para essa primeira sessão matinal é aquele que tem vindo a nós, e para o qual temos ido, pela vinda do Senhor Jesus. Para este momento presente, apenas quero lançar dois fragmentos da Escritura sobre os quais nos moveremos. O primeiro é encontrado no Velho Testamento, em primeira Crônicas, capítulo 12, verso 32:  dos filhos de Issacar, duzentos de seus chefes, entendidos na ciência dos tempos para saberem o que Israel devia fazer, e todos os seus irmãos sob suas ordens.”  O segundo está no Novo Testamento, na carta aos Hebreus, capítulo um, verso 1 e 2:  Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho” Conhecimento dos tempos ... ao final desses tempos ... Deus tem falado no Seu  “no Filho” :  Você perceberá que essas escrituras e seus contextos  estão estabelecidos num tempo de crise e mudança, crises muito grandes, mudanças muito significativas. Na carta aos Hebreus, a referência ao fim de certos tempos, e a introdução de outros tempos representam uma tremenda crise, o que o Dr.  Campbell Morgan chamou de  “A Crise de Cristo”  Isto é o que está diante de nós agora: a crise de Cristo, a qual é, a crise das dispensações.
Então, a Carta aos Hebreus nos traz para a crise do nosso próprio tempo. Traz-nos não apenas  para um grande e geral movimento, de um regime para outro, mas também para a aplicação específica  daquele movimento para o nosso próprio tempo. E, como está colocado na passagem em Crônicas, assim como nesta Carta aos Hebreus, a coisa importante não é apenas saber sobre uma mudança de tempos, de regime,  do agir de Deus, mas é ter entendimento do que é essa mudança. Penso que nós veremos que isso é de  conseqüência imensa, não apenas saber que há diferentes dispensações, diferentes modos do agir Soberano de Deus, mas é vitalmente importante para o povo de Deus entender a natureza dos tempos nos quais vivemos.  Eu me arriscaria a sugerir a você, no que diz respeito a Deus, que talvez a coisa mais importante para o momento é que o povo de Deus conheça a natureza do tempo no qual ele vive, entendendo que há uma tremenda confusão, e as complicações são imensas  na cristandade hoje. Muitas  pessoas não sabem onde estão. Muitos não sabem o que é certo, e o que não é certo; o que é verdade, e o que não é verdade, etc. E, repito, a coisa supremamente importante é ter conhecimento dos tempos, saber o que Israel deve fazer hoje. — saber o que os cristãos devem fazer hoje, por causa da natureza peculiar e particular do que Deus está fazendo agora. Penso que você irá concordar comigo de que isso é muito importante.
Nas Escrituras, através de toda Bíblia, encontramos muitas crises, muitos movimentos  de uma crise, de uma posição, de uma ordem, para outra. Eu não vou mencioná-las, mas você sabe que a Bíblia está toda marcada por alcançar um ponto a partir do qual tudo assume um novo aspecto, um ponto que representa uma nova fase do movimento do agir de Deus. A Bíblia está cheia desse tipo de coisa. Deus se movendo, movendo-se por estágios, e cada estágio marcado por alguma crise. Quando usamos a palavra crise, queremos dizer que somos trazidos face a face perante algo de tremenda  significação, que vai governar todo o futuro e fazer toda diferença no futuro.
Do lado Divino, essas crises  são movimentos para frente: elas representam o mover de Deus para frente. Do lado humano, elas são Deus se movendo para trás, porque as coisas se desviaram do lado humano. As coisas  se desviaram daquela linha direta de Deus, e outras coisas aconteceram, as quais Deus nunca desejou em Seu plano originou, e, uma vez que houve um desvio, surge uma crise que tem um duplo significado: Deus continua avançando, porém,  para poder avançar  Ele precisa trazer o Seu povo de volta para o ponto do qual partiram. Isto é exatamente onde nós estamos. Deus avança; Ele não desiste; Ele não é vencido; Ele não precisa revisar o Seu programa: Ele continua para frente. Mas do ponto de vista humano, ou do lado do Seu povo, Ele tem que puxá-los para trás e dizer: “Olhem aqui, vocês se desviaram da linha, vocês se desviaram da minha intenção, você têm que voltar para o ponto de onde partiram  e acertar novamente as coisas comigo. Eu estou prosseguindo; se vocês quiserem continuar, terão que voltar e se unirem comigo do ponto onde vocês se desviaram.”
Eu penso que é perfeitamente  claro que os dois aspectos de qualquer crise são sempre esses; e a crise portanto, frequentemente, é a de deixar todo um regime ( o que eu tenho chamado de metodologia, ordem, desenvolvimento), deixá-lo completamente, deixando-o para trás e caminhar com Deus  tudo novamente, caminhar com Deus em um novo terreno, o qual  está completamente em conformidade com a Sua vontade. Essas são as coisas envolvidas nessas crises. Este é o método de Deus. Eu creio que Deus quer nos mostrar esta semana algo  da presente crise no Cristianismo, e, se isto parece muito objetivo, então vamos dizer simplesmente que o Senhor quer nos mostrar a presente crise, em sua vida e na minha, em relação ao Seu plano original.

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