No fundo do poço, sem qualquer vislumbre de cura, a pobre mulher ouve
falar de Jesus. Notícias chegam ao seu coração do poder e da graça
misericordiosa do Senhor Jesus. Seu coração se anima e uma pequena fagulha de
fé começa a arder em seu coração. Ela se levanta determinada, mas logo encontra
o primeiro obstáculo: a grande multidão entre ela e o Senhor. Nesse ponto
precisamos lembrar do estado de fraqueza extrema em que ela se achava. Ela sabe
que precisa furar aquele bloqueio humano e avançar pelo meio da multidão.
Chegando por detrás do Senhor, estende sua mão e segura sua veste com
determinação. Sua fé débil e com mistura a põe em contato com o Senhor da Vida.
Jesus sente que dEle saiu poder e entrou em alguém no meio da multidão.
Portanto, precisa transmitir aos Seus discípulos uma profunda lição do mundo
espiritual, Ele lhes pergunta: “Quem me tocou?” Usando apenas o raciocínio
humano eles devolvem a pergunta dizendo: “A multidão Te aperta e perguntas:
Quem me tocou?” O Sr. Campbell Morgan escreveu sobre o verbo tocar dizendo: “O
que ela fez?” Temos lido durante toda a nossa vida que ela tocou na orla das
Suas vestes. Ora, na verdade a palavra tocou não traduz precisamente o
pensamento do verbo Grego; ela fez mais do que tocar: ela agarrou. Nos
aproximamos do sentido do verbo se usarmos a palavra agarrou. Ela não esticou
apenas a sua mão para tocar nEle; ela pegou algo” (Gospel of Luke, pág.166). Os
verbos “apertar” e “tocar” também são diferentes no Grego. A multidão apertava
e atropelava o Senhor, movida apenas pela curiosidade; a mulher agarrou a orla
da Sua veste com firmeza e determinação. Ela sabia qual era sua necessidade e
que em Jesus estava a fonte de toda a graça e poder.
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