A história de Jairo é interrompida pela história da mulher com o fluxo
de sangue. Elas estão entrelaçadas e mesmo havendo contrastes notáveis, a
harmonia é ainda mais maravilhosa. A filha de Jairo tinha doze anos e a mulher
sofria há doze anos do seu mal; a doença se manifestou quando a menina nasceu.
Na casa de Jairo foram doze anos de alegria e felicidade por causa daquela
criança querida. Do lado da mulher foram doze anos de tristeza, dor, agonia e
solidão. O lar da mulher havia se desintegrado totalmente. Os religiosos da
época ensinavam que esse tipo de doença estava relacionado com impureza moral.
Por essa razão ela foi excomungada do Templo, da sinagoga e de todo lugar de
culto. Podemos dar asas à nossa imaginação e contemplar aquela pobre coitada
sozinha em seu caminho. Oh, como ela deve ter sofrido durante aqueles doze
anos! Quantas lágrimas ocultas ela não derramou ao ver seus pequeninos de longe
sem poder se aproximar deles para os tocar, abraçar e beijar.
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